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Ministro das Finanças alemão defende dívida de 96 mil milhões para impulsionar economia

“Com os investimentos deste orçamento, estamos a abrir ainda mais as portas para o futuro do nosso país”, garantiu Olaf Scholz cujo plano para o orçamento alemão para 2021 inclui um plano nacional para o hidrogénio e a suspensão dos limites de dívida consagrados constitucionalmente.
29 Setembro 2020, 14h45

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, apontou esta terça feira que vai persistir nos altos investimentos para impulsionar a economia germânica com um orçamento que prevê uma nova dívida liquida de 96,2 mil milhões de euros, segundo a “Reuters”.

“Com os investimentos deste orçamento, estamos a abrir ainda mais as portas para o futuro do nosso país”, garantiu Olaf Scholz acrescentando que o plano que visa impulsionar o motor económico da Europa implica “muito dinheiro”; no entanto, a inação acabaria por ter custos superiores.

O empréstimo adicional marca o segundo maior montante em nova dívida líquida desde o final da Segunda Guerra Mundial, sendo que o primeiro decorreu também desde ano e foi de 218 mil milhões de euros, representando a primeira tentativa de estimular o crescimento económico da Alemanha. Até ao momento, o governo da Chanceler Angela Merkel já definiu 314,2 mil milhões de euros em apoios.

Olaf Scholz garantiu ainda, na apresentação do seu projeto de orçamento para 2021, que o governo continuará a ajudar empresas e consumidores, expandindo os esquemas de proteção ao emprego e ao manter elevados investimentos públicos.

O plano fiscal inclui investimentos em medidas de proteção climática, como um plano nacional para o hidrogénio e a suspensão dos limites de dívida consagrados constitucionalmente novamente em 2021, depois de o parlamento da Alemanha os ter abandonado este ano.

A partir de 2022, a Alemanha planeia cumprir as metas fiscais e como tal vai limitar os empréstimos a uma pequena fração do produto interno bruto.

Segundo a “Reuters” que cita dados do sistema de estatísticas Federal alemão, a dívida total do governo federal, estados regionais, municípios sofreu em aumento de 11% em relação aos seis meses anteriores.

A 17 de setembro, o Bundesbank assegurava que a pandemia afundou a maior economia da Europa numa profunda recessão, a maior desde 1970 e sublinhava que o produto interno bruto (PIB) alemão tinha caído 10,1%  no segundo trimestre de 2020. No entanto, apesar do cenário pessimista, o Bundesbank também assegurou que a economia da Alemanha está a seguir uma trajetória de recuperação e deve crescer no terceiro trimestre.

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