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MNE palestiniano condena ataque injustificado de Netanyahu a Macron

No domingo, Benjamin Netanyahu disse que o Presidente francês estava a cometer um grave erro ao promover a ideia de um Estado palestiniano e afirmou que Israel não tinha lições morais a receber da França.
Emmanuel Macron
French President Emmanuel Macron looks on during an official welcome ceremony for the President of Angola, Lourenco, at the Hotel des Invalides in Paris, France, 16 January 2025.  EPA/LUDOVIC MARIN / POOL MAXPPP OUT
14 Abril 2025, 10h10

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina condenou hoje o “ataque injustificado e os comentários ofensivos” do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, contra o Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o possível reconhecimento de um Estado palestiniano.

No domingo, Benjamin Netanyahu disse que o Presidente francês estava a cometer um grave erro ao promover a ideia de um Estado palestiniano e afirmou que Israel não tinha lições morais a receber da França.

“O presidente Macron está a cometer um grave erro ao continuar a promover a ideia de um Estado palestiniano no coração da nossa terra. Um Estado cuja única aspiração é a destruição de Israel”, escreveu Benjamin Netanyahu, na rede social X.

Hoje, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina condenou “veementemente o ataque injustificado e os comentários ofensivos feitos pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu contra o Presidente francês Emmanuel Macron”.

Na nota, o Ministério considera que as declarações são “uma clara admissão da hostilidade contínua de Netanyahu à paz baseada na solução de dois Estados, bem como uma rejeição flagrante da legitimidade internacional e uma preferência persistente pela violência e soluções militares, em detrimento do caminho político”.

Numa entrevista divulgada na quarta-feira, Macron disse que a França poderia reconhecer o Estado palestiniano em junho, numa conferência que Paris copresidirá com a Arábia Saudita nas Nações Unidas, em Nova Iorque, incluindo tal gesto como parte de um movimento recíproco de reconhecimento de Israel pelos países árabes.

Os comentários de Macron provocaram uma onda de protestos da direita e da extrema direita em França, o que o levou a publicar um esclarecimento, na sexta-feira, na rede social X, na qual explicou ser uma resposta a “informações falsas”.

Enfatizou “o direito legítimo dos palestinianos a um Estado e à paz, bem como o dos israelitas de viver em paz e segurança”.

“O presidente Macron está a cometer um erro grave ao continuar a promover a ideia de um Estado palestiniano no coração da nossa terra — um Estado cuja única aspiração é a destruição de Israel”, reagiu Benjamin Netanyahu no domingo, criticando o que apelidou de “ilusões desligadas da realidade”.

“Não aceitaremos lições de moral sobre a criação de um Estado palestiniano, que colocaria em risco a existência de Israel, daqueles que se opõem à independência da Córsega, Nova Caledónia, Guiana Francesa e outros territórios, cuja independência não ameaçaria de forma alguma a França”, acrescentou.

As relações entre Israel e França ficaram significativamente tensas nos últimos meses.

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