Moçambique: Inflação anual acelerou para 4,74% em fevereiro

A taxa de inflação em Moçambique aumentou, em termos homólogos, para 4,74% em fevereiro, segundo o Instituto Nacional de Estatística do país.

Segundo o boletim mensal publicado esta terça-feira, para o aumento dos preços contribuíram, sobretudo, os segmentos da alimentação e bebidas não alcoólicas (11,89%) e da restauração, hotelaria, cafés e similares (6,20%).

Discriminando por cidade, Tete registou o maior aumento de preços (6,85%), seguida da Cidade de Xai-Xai (6,17%), da Província de Inhambane (6,11%), da Cidade de Maputo (4,74%), de Nampula (4,71%), de Chimoio (4,28%), Cidade da Beira (3,95%) e Quelimane (3,45%).

No que diz respeito à variação mensal – está em causa a sexta subida mensal consecutiva -, o INE dá conta de um aumento dos preços em 0,52%. Os preços subiram em todas as cidades, com as divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares a contribuírem com cerca de 0,33 e 0,15 pontos percentuais (pp) positivos, respetivamente.

A Cidade de Tete (1,38%) registou o maior aumento de preços em fevereiro, seguida da Província de Inhambane com 0,85%, da Cidade de Xai-Xai com 0,65%, das Cidades de Chimoio com 0,62%, da Beira com 0,58%, de Nampula com 0,54%, de Quelimane com 0,38% e de Maputo com 0,14%.

Na lista de produtos cujo preço mais aumentou no mês em análise estão o tomate (14,3%), refeições completas em restaurantes (3%), carapau (2,2%), milho em grão (6,4%), feijão manteiga (2,3%), de telemóveis (2,7%) e caldos (4,1%), que pesaram em cerca de 0,50pp positivos na variação. Em contracorrente, o óleo alimentar (1,2%), o gasóleo (1,4%), os ovos de galinha (3,6%), a batata-reno (5,0%), o limão (24,7%), as cervejas para consumo em casa (2,1%) e os sapatos para homens (1,7%) contrariaram essa tendência com um contributo de cerca de 0,09 pp negativos, detalha o INE.

No que diz respeito à variação acumulada, de janeiro para fevereiro a taxa de inflação acelerou 1,98%. “As divisões de Alimentação e
bebidas não alcoólicas e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, foram as de maior destaque, ao contribuírem com cerca de 1,49 pp e 0,22 pp positivos, respectivamente”, justifica o organismo sediado em Maputo no mesmo boletim.

“Analisando a variação acumulada por produto, importa destacar o aumento dos preços do tomate, do carapau, de refeições completas em restaurantes, do arroz em grão, da couve, do milho em grão e da farinha de milho”, é possível ler no mesmo comunicado, segundo o qual os produtos listados “comparticiparam com cerca de 1,25 pp positivos no total da variação acumulada”.

Em janeiro, os preços em Moçambique subiram 1,45%, com a inflação homóloga a chegar aos 4,69%.