[weglot_switcher]

Moçambique precisa de mais centros de investigação de excelência

“Hoje estamos a falar de centros em duas áreas, mas há outras áreas relevantes em que podemos ter os centros virados para essas áreas. Estamos a falar do gás, temos outra componente, outras áreas da indústria extrativas, diamantes, ouro, e não só”, disse a ministra da Educação e Cultura, Samaria Dos Anjos Tovela, na abertura da 19.ª reunião técnica e consultiva dos centros de excelência do ensino superior da África Oriental e Austral (ACEII), que decorre até quinta-feira, em Maputo.
11 Junho 2025, 19h58

A ministra da Educação de Moçambique admitiu hoje a necessidade de mais centros de investigação de excelência no país, apontando serem essenciais para propor soluções e assegurar o desenvolvimento em vários setores.

“Hoje estamos a falar de centros em duas áreas, mas há outras áreas relevantes em que podemos ter os centros virados para essas áreas. Estamos a falar do gás, temos outra componente, outras áreas da indústria extrativas, diamantes, ouro, e não só”, disse a ministra da Educação e Cultura, Samaria Dos Anjos Tovela, na abertura da 19.ª reunião técnica e consultiva dos centros de excelência do ensino superior da África Oriental e Austral (ACEII), que decorre até quinta-feira, em Maputo.

Em declarações aos jornalistas, a governante admitiu que o país necessita de centros de excelência nos ramos de engenharia civil, construção, apontando que vão permitir a realização de estudos com evidências científicas para assegurar melhores infraestruturas e melhorar a qualidade de vida dos moçambicanos.

Moçambique possui dois destes centros, casos do Centro Regional de Excelência em Sistemas Agroalimentares e Nutrição (CE-AFSN) e Centro de Excelência em Estudos de Engenharia e Tecnologia de Petróleo e Gás – CS-OGET, todos da Universidade Eduardo Mondlane, cuja missão é fazer investigação nas suas áreas e formação de recursos humanos.

A ministra da Educação e Cultura admitiu também desafios face à sustentabilidade dos centros de excelência de Moçambique, que atualmente contam com o financiamento do Banco Mundial, reconhecendo serem necessários mais investimentos do Governo nas áreas de investigação.

“Olhando para o nosso país, por exemplo, quando falamos da questão do agro processamento, sabemos que na zona centro e norte temos muita produção, então é importante nós termos fábricas que permitam processarmos os nossos produtos, olhamos para o emprego, [e] essas linhas todas contribuem não só para a nossa sustentabilidade social e económica, permitem absorver os nossos graduados no mercado de emprego”, acrescentou a ministra.

O projeto dos centros de excelência do ensino superior da África Oriental e Austral foi concebido em 2015, reunindo governos de oito países, cujo objetivo é reforçar a capacidade das instituições do ensino superior para fornecer quadros mais qualificados e realizar investigações aplicadas em áreas consideradas prioritárias para alavancar economicamente os países membros.

A continente africano conta atualmente com 29 centros de excelência cobrindo áreas de educação, agricultura, saúde, energia, engenharia, tecnologias de informação e ciências ambientais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.