A sociedade de advogados Morais Leitão lançou esta terça-feira mais um serviço relacionado com ativos virtuais: uma tecnologia para investigação e rastreamento (tracing) de criptomoedas, no âmbito da oferta de negócio designada Defesa Digital.
A equipa de Defesa Digital da Morais Leitão passa então a dispor de um software especializado e de uma certificação para investigar criptomoedas que, além de permitir seguir transações para averiguar a sua licitude, inclui uma camada extra de segurança para bancos e empresas na verificação de transações relacionadas com criptoativos.
O escritório garante que é uma “novidade no mercado nacional”. “Esta ferramenta e a certificação que obtivemos permitem-nos fazer o tracing completo, ou seja, o seguimento de transações com criptomoedas e outros ativos virtuais. As suas duas principais aplicações são, de um lado, a identificação da origem das criptomoedas, e, do outro, o seu destino final”, começa por explicar o advogado David Silva Ramalho.
O associado coordenador do departamento de criminal, que é responsável pela equipa de Defesa Digital da Morais Leitão, detalha que “a identificação da origem é útil em processos criminais, regulatórios e/ou de prevenção de branqueamento de capitais, onde é necessário comprovar a licitude das criptomoedas”. “Nesse caso, existindo uma narrativa ou uma suspeita de ilicitude das criptomoedas, é possível contraprovar rapidamente, com certeza e de forma graficamente expressiva e compreensível, que o trajeto dos valores tem proveniência lícita”, esclarece.
“Agora podemos seguir o percurso das criptomoedas através de várias transações, identificando o ponto exato em que chegam a um exchange, com todos os detalhes necessários – como o endereço de destino, a quantia e o momento da transação. Esta precisão permite acelerar o bloqueio e a recuperação dos ativos e uma atuação rápida, crucial para evitar a dissipação e a identificação dos autores”, acrescenta David Silva Ramalho.
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