O Tribunal de Distrito de Tóquio multou a empresa de publicidade Dentsu em 500.000 ienes, cerca de 3.780 euros, por ter obrigado Matsuri Takahashi, funcionária que se suicidou em 2015, a trabalhar mais horas do que as permitidas, informa a agência NHK.
A esta multa soma-se a compensação que a companhia pagou à família da falecida, por um número não divulgado, e as desculpas públicas pedidas pelo presidente da empresa, Toshihiro Yamamoto.
Matsuri Takahashi, de 24 anos, chegou a trabalhar até 105 horas extraordinárias por mês, apesar de os registos da companhia terem mostrado um total dentro do limite legal.
A sentença fez-se pública um dia depois de a cadeia estatal japonesa NHK ter admitido que a morte de uma jornalista em 2013 se deveu também a excesso de trabalho e à falta de descanso, no que representa um novo caso de karoshi, como é designada no Japão a morte por excesso de trabalho.
Estudos mostram que os japoneses trabalham significativamente mais horas do que os trabalhadores dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países desenvolvidos. Entre dezembro de 2015 e Janeiro de 2016, cerca de 23% das empresas japonesas reportaram que os seus funcionários costumavam fazer mais de 80 horas extra por mês.
Com a repercussão do caso, o governo estabeleceu um tecto máximo de 100 horas extra por mês, assim como sanções às empresas que permitam a ultrapassagem deste limite.
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