A Mota-Engil anunciou hoje a emissão de 150 mil obrigações, com o valor nominal unitário de 500 euros, “ligadas à sustentabilidade”, até um montante de 75 milhões de euros, e com maturidade a cinco anos.
As obrigações vão ter a data de 2 de dezembro com a data de reembolso final a ter lugar a 2 de dezembro de 2026, com taxa de juro fixa bruta de 4,25% ao ano.
A empresa liderada por Gonçalo Moura Martins poderá ainda aumentar esta oferta até ao dia 23 de novembro através de adenda ao prospeto aprovada pela CMVM.
Com data de emissão de 2 de dezembro de 2021, o primeiro reembolso ao seu valor nominal vai ser feito em duas prestações: 250 euros a 2 de dezembro de 2025, e 250 euros a 2 de dezembro de 2026.
Esta oferta pública de subscrição dirige-se a investidores indeterminados, isto é, público em geral, tendo especificamente como destinatários “s pessoas singulares ou coletivas residentes ou com estabelecimento em Portugal, incluindo, para evitar quaisquer dúvidas, aquelas que sejam titulares de Obrigações Mota-Engil 2022 e/ou de Obrigações Mota Engil 2023, sem qualquer tipo de diferenciação”.
O ActivoBank, o Banco Best, o Banco Carregosa, o Banco Finantia, o Banco Montepio, o Bankinter, o BiG, o CaixaBI, a CCCAM, a CGD, o EuroBic, o Haitong Bank, o Millennium bcp e o novobanco são os intermediários financeiros contratados pela Mota-Engil.
A Mota-Engil apresentou esta semana ao mercado seu plano estratégico até 2026. A companhia prevê um crescimento de 56% do volume de negócios nos próximos cinco anos, dos atuais 2.429 milhões de euros para os 3.810 milhões.
Já o EBTIDA deverá disparar 76% para 670 milhões de euros, com o resultado líquido a atingir 105 milhões de euros em 2026 (prejuízos de 20 milhões em 2020).
Em termos de investimento, a companhia prevê uma subida dos 170 milhões em 2020 para os 260 milhões até 2026. Em relação ao free cash flow, este deverá subir dos 230 milhões para os 355 milhões de euros. Por sua vez, a dívida líquida sobre o EBITDA deverá recuar dos 3,3 vezes para 1,9 vezes.
Por mercados, África vai ser o que vai gerar mais volume de negócio (37%), seguida da Europa (32%) e da América Latina (31%).
A empresa também anunciou a criação de uma “Unidade de Ambiente com vocação global, concentrando todo o portfólio do grupo nesta área, com uma ambição de crescimento de 30% no período de cinco anos, elevado a margem EBITDA do negócio de 24% para 30% em 2026, numa área de negócio-chave para o futuro do Grupo”.
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