Mota-Engil assinou a adjudicação da primeira PPP do projeto de alta velocidade entre Porto e Oiã

A Mota-Engil, empresa de construção e que lidera o consórcio de cinco empresas portuguesas que vai fazer o troço ferroviário entre Porto e Oiã, assinou esta terça-feira o contrato de concessão do projeto de Parceria Público Privada (PPP), cujo montante ascende aos 1.661 milhões de euros.

Em comunicado à CMVM, a empresa, que participa em 45% no consórcio LusoLav, refere que o prazo da concessão ascende a 30 anos, “o qual engloba o período de construção de cinco anos e o período de manutenção de 25 anos, terminando a 29 de julho de 2055”.

O consórcio LusoLav, inclui também a Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Gabriel Couto.

O projeto inclui o financiamento e construção dos seguintes elementos “71 quilómetros de uma nova linha de Alta Velocidade entre a Estação de Campanhã, no Porto, e Oiã; a adaptação da atual Estação de Campanhã às necessidades da Alta Velocidade; uma nova estação em Vila Nova de Gaia; travessias sobre o rio Douro (uma exclusivamente dedicada à nova linha de Alta Velocidade e uma outra dedicada ao trânsito rodoviário); ligações à Linha do Norte, nas proximidades de Canelas e uma nova subestação de tração elétrica na zona de Estarreja”.

“O contrato de Concessão inclui, ainda, a manutenção e disponibilização, por um período de 25 anos, dos elementos atrás referidos, à exceção da Estação de Campanhã e da Estação de Gaia”, refere.

A empresa salienta que este contrato para além de “reforçar o negócio de concessões da Mota-Engil, contribuirá igualmente para um reforço muito significativo, cerca de 800 milhões de euros, na carteira de encomendas do segmento de Engenharia & Construção da Mota-Engil em Portugal, sendo expectável o início dos trabalhos no final de 2025”.

O financiamento para o projeto, que vai ser realizado pelo consórcio LusoLav, liderado pela Mota-Engil, foi assegurado através de um sindicato bancário de 12 bancos e instituições financeiras. O Banco Europeu de Investimento vai financiar o projeto em 875 milhões e os fundos da União Europeia, através do Mecanismo Interligar a Europa, financiam 480 milhões de euros.