Muitos já foram os estudos realizados que revelam que cada vez mais nos sentimos pressionados em conseguir arranjar tempo para fazer tudo o que precisamos. Normalmente atribuímos o stress e a falta de tempo para descansar às muitas horas de trabalho que cada situação profissional nos exige. A verdade é que o problema não se prende apenas na quantidade de tempo despendido a trabalhar mas há, também, outros factores que nos fazem sentir “aflitos” para termos mais tempo do que aquele que encontramos no dia-a-dia.
O desafio tem muito a ver com a intensidade que damos ao uso do nosso tempo. Hoje em dia tentamos compactar todos os momentos com muitas experiências e actividades – no trabalho, em casa e até nos tempos livres. Genericamente, quase todos temos sempre a sensação de ter de despachar assuntos e resolver situações de forma rápida. Ter tempo tornou-se a comodidade mais preciosa na sociedade ocidental. E é tão verdade que um estudo feito em 2015 pelo Wall Street Journal revela que 40% dos americanos acreditam que a falta de tempo é um problema superior à falta de dinheiro.
Havendo uma crescente preocupação nas pessoas por se sentirem cronicamente pressionadas para conseguir ter (mais) tempo, surgem várias estratégias para gerir cada momento. Uma das tendências é chamada de “time deepening”, conforme explicam John Robinson e Geoffrey Godbey no livro “Time for Life”. Partindo da premissa de que não é possível fisicamente esticar mais horas no dia, os autores sugerem preencher cada momento com a máxima intensidade. Uma das principais estratégias para conseguir aplicar “time deepening” é o conhecido multitasking.
Vantagens:
Ainda que fazer muitas coisas em simultâneo tenha vantagens, também existem consequências negativas.
Desvantagens:
Nos tempos que correm, o ideal é ter um entendimento equilibrado sobre as vantagens e desvantagens do multitasking e utilizar esta técnica com bom senso. Não se deixar levar constantemente pelo frenesim do dia-a-dia mas reconhecer as mais valias de ser prático e rápido quando a situação assim o exige.
A melhor forma de cumprir com todas as tarefas diárias começa, sem dúvida, por se focar naquelas que são mais importantes e demoradas. Tarefas simples ou rápidas podem ser facilmente completadas e normalmente não requerem um nível de concentração muito elevado. Isto evita a perda de tempo de andar para a frente e para trás nas várias actividades a realizar.
No entanto, e como em tudo na vida, não há regras absolutas, pois há sempre vários factores que determinam a eficácia de cada estratégia. Factores como hábitos de trabalho e ética profissional devem ser considerados, assim como a natureza de um determinado emprego como um todo.
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