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Musk diz ao lado de Trump que sem cortes orçamentais EUA caminham para a falência

“Temos um défice de 2 biliões (milhão de milhões) de dólares e se não fizermos algo a esse respeito, o país vai à falência”, frisou Elon Musk ao lado do presidente republicano. Musk disse que há algumas pessoas boas na burocracia federal, mas que precisam de ser responsabilizadas, considerando a burocracia um quarto ramo “não eleito” do governo.
12 Fevereiro 2025, 07h57

O empresário bilionário Elon Musk, nomeado por Donald Trump para dirigir um departamento de eficiência governamental (DOGE), alertou, esta terça-feira, na Casa Branca que, sem cortes orçamentais, os Estados Unidos estariam a caminhar para a falência.

“Temos um défice de 2 biliões (milhão de milhões) de dólares e se não fizermos algo a esse respeito, o país vai à falência”, frisou Elon Musk ao lado do presidente republicano.

Musk disse que há algumas pessoas boas na burocracia federal, mas que precisam de ser responsabilizadas, considerando a burocracia um quarto ramo “não eleito” do governo.

Estas declarações públicas estão entre as primeiras de Musk sobre o seu trabalho de supervisão do DOGE.

Os democratas, agora na oposição, têm contestado as ações empreendidas pelo responsável da Tesla, SpaceX e X, que consideram ilegais, acusando Musk de não ter mandato eleitoral nem pasta governamental para esta missão.

Donald Trump planeia assinar hoje uma ordem que continuará a reduzir a força de trabalho federal, incluindo limites rígidos para a contratação.

A agência Associated Press (AP) destacou que a ordem visa promover o trabalho de Elon Musk de corte de despesas com o seu departamento.

“O povo votou por uma grande reforma governamental e é isso que o povo vai conseguir. É disso que se trata a democracia”, frisou ainda Musk.

A ordem refere que “as agências empreenderão planos para reduções em grande escala na força e determinarão quais os componentes da agência [ou as próprias agências] que podem ser eliminados ou combinados porque as suas funções não são exigidas por lei”.

Determina ainda que as agências não devem “contratar mais do que um funcionário por cada quatro funcionários que deixam o serviço federal”. Há planos para exceções quando se trata de imigração, aplicação da lei e segurança pública.

Trump e Musk têm pressionado funcionários federais para que se demitam em troca de incentivos financeiros, embora o seu plano esteja atualmente suspenso enquanto um juiz analisa a sua legalidade.

Centenas de pessoas reuniram-se hoje para um protesto, do outro lado da rua do Capitólio dos EUA, em apoio dos funcionários federais.

Um dos alvos de Trump e Musk desde o início de mandato, no final de janeiro, tem sido a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Ambos têm como alvo os gastos da agência que consideram um desperdício e acusam o seu trabalho em todo o mundo de estar em desacordo com a agenda de Trump.

O Presidente norte-americano assinou uma ordem executiva que congela a assistência estrangeira, forçando os programas de ajuda e desenvolvimento financiados pelos EUA em todo o mundo a fechar e despedir funcionários.

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