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“Não apoiarei nenhuma candidatura contra Francisco Rodrigues dos Santos”, diz Filipe Lobo d’Avilla

“Esclareço, uns e os outros, que o meu barco nunca foi o de uma qualquer direção. E não é também o do Francisco, do Adolfo [Mesquita Nunes], do Nuno [Melo] ou de qualquer outro”, afirmou o ex-vice-presidente do CDS-PP, que se demitiu da direção do partido a 28 de janeiro.
Filipe Lobo D’ávila
2 Fevereiro 2021, 17h45

O ex-vice-presidente do CDS-PP Filipe Lobo d’Avila afirmou que não vai apoiar nenhuma candidatura para a liderança do partido contra Francisco Rodrigues dos Santos.

Num post na rede social Facebook dirigido aos militantes do CDS-PP, a que o Jornal Económico teve acesso, Filipe Lobo d’Avila explicou que a demissão da direção do CDS “estava escrita desde o dia das eleições presidenciais, depois de uma reunião da executiva e do discurso eleitoral do CDS dessa noite, no qual não me revi”.

Esclareceu que “é falso que esteja articulado com quem quer que seja, pura e simplesmente não aguentava mais”, sublinhando que “não tenho qualquer acordo nem vou fazer qualquer acordo”.

Reafirmou o que disse pessoalmente, em conversa privada, ao presidente do CDS: “Não participarei em qualquer ato eleitoral contra ele, não apoiarei nenhuma candidatura contra o Francisco, foi uma condição que me impus para manter intacta a integridade da minha demissão e a saída da direção”.

Filipe Lobo d’Avila apresentou a demissão da vice-presidência do partido a 28 de janeiro, deixando assim Francisco Rodrigues dos Santos mais isolado na direção. Desde então, o presidente do CDS tem estado sujeito a pressão para marcar um congresso nacional. Até ao momento sabe-se que se o partido for a eleições, um dos adversários de Francisco Rodrigues dos Santos será Adolfo Mesquita Nunes.

“Esclareço, uns e os outros, que o meu barco nunca foi o de uma qualquer direção. E não é também o do Francisco, do Adolfo [Mesquita Nunes], do Nuno [Melo] ou de qualquer outro”, explicou.

“O meu barco sempre foi de todos eles, é o CDS e assim continuará a ser pelo menos enquanto entender que é aqui que me sinto bem e que este, apesar de tudo, ainda é o meu Partido. Como mero militante, igual a todos os outros”, destacou o ex- vice-presidente centrista.

Sobre o futuro do partido, o centrista adianta ainda que para “aqueles que dizem que esta minha decisão põe em causa as autárquicas só peço que perguntem à direção, ou a quem quer ser presidente do CDS, que recursos tem garantidos para fazer face às necessidades das eleições autárquicas, que recursos tem garantidos para o funcionamento diário do partido e qual foi o impacto financeiro que verdadeiramente existia há um ano atrás e porquê”.

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