O ex-secretário de Estado do Desporto João Paulo Rebelo garantiu que não é arguido no caso de suspeitas de favorecimento em contratos de cerca de 900 mil euros relacionados com testes Covid-19.
“Não estou acusado de coisa nenhuma, não sou sequer arguido”, afirmou no Parlamento, após o debate do Orçamento do Estado.
O antigo governante admitiu que estiveram “sete agentes na casa de Viseu e sete na casa em Lisboa a fazer buscas”, mas assegurou que não teve “detalhes nenhuns”. João Paulo Rebelo confirmou que entregou telemóvel e computador à Polícia Judiciária e revelou esperança de que haja “conclusões” o “mais depressa possível”.
Para o ex-secretário, acreditar que cometeu alguma ilegalidade é fruto de “raciocínios muito delirantes”. Tenho de aguardar serenamente. Hoje foram ilibados alguns membros do Governo por factos que aconteceram há sete anos, só espero que não demore o mesmo tempo para chegarem a uma conclusão”, disse João Paulo Rebelo.
Declarações que surgem depois das buscas realizadas ontem ao Instituto Português do Desporto e da Juventude, à Cruz Vermelha Portuguesa e ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, numa investiga do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária (PJ).
Segundo a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as nove buscas domiciliárias e não domiciliárias decorreram em Lisboa e Viseu, visando também o Centro Hospitalar Tondela-Viseu.
Em causa podem estar eventuais crimes de participação económica em negócio e de abuso de poderes, por titular de cargo político, bem como de usurpação de funções.
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