Vai ser o candidato do Movimento para a Democracia (MpD) nas legislativas, mas parte para este desafio depois de uma derrota nas autárquicas. Que análise é que fizeram destas eleições e que consequências retiram para o resto do ciclo eleitoral?
Primeiro, que não há drama. Há um historial antecedente, o PAICV [Partido Africano da Independência de Cabo Verde] esteve durante 15 anos no poder, perdeu todas as autárquicas, ganhou três legislativas. Segundo, nós não fazemos uma ligação direta, automática, entre as autárquicas e as legislativas. Costumo dizer que não há razão para depressão e não há razão do outro lado, de quem ganhou, para lançar foguetes, porque até é contraproducente deitar foguetes antes da festa. Portanto, isto significa que há desafios de ambos os lados. Nós estamos a preparar-nos para vencer as legislativas e o PAICV estará a preparar-se também.
Nós já temos orientações muito claras de como fazer, dinamizar internamente o partido, prepará-lo para o novo embate, e a atividade governativa contribuirá também até ao final do nosso mandato.
Tendo em conta esse sinal, e o desgaste também de muitos anos no Governo, o que é que vai mudar até ao final do mandato?
Mudar e executar. Nós temos várias ações governativas em curso em setores que tiveram muita turbulência, por exemplo, o transporte aéreo interilhas está numa boa fase de estabilização e de crescimento até de frota, que vai acontecer, e significa, depois, aumentar o número de disponibilidades da oferta. É um dos setores que vai avançar bem e podemos resolver um problema que tem estado a afetar também a confiança das pessoas no Governo. Os voos para Boston e para o Brasil, estamos a trabalhar afincadamente para que aconteça ainda dentro do nosso mandato, dando uma resposta também a uma reivindicação muito forte das nossas comunidades. E temos outros setores, como a água para agricultura, com projetos que estão na fase de execução para o seu término, com impacto na mobilização de água para agricultura, e todo o programa relacionado com a juventude e com emprego e pacotes especiais que estamos a trabalhar relativamente à questão de fazer face à mitigação dos impactos do aumento do custo de vida, que está a atingir muitas pessoas. Portanto, há programas para darmos respostas. Não serão respostas eleitoralistas, mas estamos aqui em duas frentes, o Governo tem de governar, depois o partido tem de vencer e nós vamos ter de convergir com propostas, projetos e ações para que isso aconteça.
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