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“Não nos enganemos. Venezuela convocou eleições, mas não era democracia”, diz Josep Borrell

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, qualificou este domingo o regime venezuelano de Nicolás Maduro de ditatorial, aludindo às detenções arbitrárias e à fuga do líder da oposição, Edmundo González Urrutia.
15 Setembro 2024, 16h39

A consideração do alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança Comum foi feita numa entrevista ao canal de televisão espanhol Telecinco.

“Não nos enganemos com a natureza das coisas. A Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e é muito menos depois”, salientou o também vice-presidente da Comissão Europeia.

Maduro foi reeleito nas presidenciais de 28 de julho, que são contestadas pela oposição e por parte da comunidade internacional.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro vencedor das eleições, com 52% dos votos. No entanto, a oposição afirma que González Urrutia obteve mais de 60% dos votos, com base nos relatórios fornecidos pelos seus escrutinadores.

Na entrevista, Borrell mencionou a fuga da Venezuela de González Urrutia, que está em Espanha, onde pediu asilo político, as “mil limitações” a que estão sujeitos os partidos políticos e os “sete milhões de venezuelanos que fugiram do país”.

“Como se chama a isto tudo? Bem, naturalmente, é um regime ditatorial, autoritário”, sublinhou.

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