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“Não temos confiança neste Governo”. IL vai votar contra renovação do estado de emergência

O deputado único do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, reitera que as medidas adotadas não têm sido “suficientemente justificadas” e recusa-se a dar “tantos poderes” ao Governo para “usar a seu belo prazer” no combate à Covid-19.
  • Presidente do Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo
16 Dezembro 2020, 12h08

O Iniciativa Liberal vai votar novamente contra a renovação do estado de emergência até 7 de janeiro, que vai ser votada esta quinta-feira na Assembleia da República. O deputado único do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, reitera que as medidas adotadas não têm sido “suficientemente justificadas” e recusa-se a dar “tantos poderes” ao Governo para “usar a seu belo prazer” no combate à Covid-19.

“Iremos votar contra mais esta renovação [do estado de emergência], como temos feito desde o princípio e pelos mesmos motivos que temos anunciado. Por um lado, porque as medidas que têm sido tomadas não são suficientemente justificadas e, por outro, porque os poderes que são conferidos no decreto presidencial são demasiado vastos”, referiu João Cotrim Figueiredo aos jornalistas, à saída do Palácio de Belém, onde esteve reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Durante a reunião, os liberais reafirmaram que não têm “confiança suficiente neste Governo para dispor de tantos poderes para usar a seu belo prazer” e deixaram uma sugestão ao ainda chefe de Estado: não é preciso dar ao Governo “tantos poderes” para combater a pandemia, pois nem todos os poderes plasmados no decreto presidencial foram utilizados.

Exemplo disso, é a possibilidade de o Governo mobilizar portugueses e funcionários públicos para combater a pandemia, o que para o Iniciativa Liberal é “uma violência” e “um exagero”.

“Já que estamos na terceira renovação da segunda vaga e temos a experiência de duas ou três quinzenas da primeira vaga que há poderes que estão plasmados neste decreto que nunca foram utilizados. Talvez fosse um sinal dado ao Governo de que não tem carta branca nesta matéria e a todos os portugueses de que conhecemos mais hoje sobre a pandemia e não é preciso dispor de tantos poderes para a poder controlar”, disse.

João Cotrim Figueiredo adiantou ainda que, durante a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, apelou a que seja feita uma “planificação fina do processo de vacinação” porque há “alguns problemas que começam a preocupar”. É o caso do número de pessoas que podem ser vacinadas por dia, que, segundo os liberais, ainda não é conhecido, bem como o ritmo de vacinação. “Não podem ter uma informação tão parca e incerta”, salientou.

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