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NATO precisa de 350 mil soldados extra para aguentar ataque da Rússia

Este é o limite máximo da estimativa feita pela própria NATO. Além de pessoal, faltam mísseis, munições, defesas aéreas ou comunicações digitais.
24 Julho 2024, 15h16

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) estima que sejam necessários entre 105 mil a 350 mil soldados extra para a Europa aguentar um possível ataque da Rússia. São mais 35 a 50 brigadas extra, com cada uma a conter entre três mil a sete mil soldados.
A estimativa é da própria NATO, citada pela “Reuters”, e revela a escala do esforço humano e financeiro no caso de uma guerra entre a NATO e Moscovo.
Só a Alemanha precisaria de três a cinco brigadas extra, entre 20 mil a 30 mil tropas adicionais.
Muitos membros europeus já estão a ecoar o apelo feito pelos EUA nos últimos anos: os gastos em defesa dos membros da NATO têm de atingir a meta de 2% do PIB. Mas esta meta terá de ser atingida numa altura em que a Comissão Europeia aperta as regras orçamentais aos países, incluindo Portugal que terá de apresentar um plano para reduzir a sua dívida nos próximos anos, ao ritmo de 1% ao ano. Outros países como França ou Itália encontram-se em procedimento por défice excessivo.
Os EUA são o maior contribuinte para a NATO: quase 970 mil milhões de dólares em 2024, dez vezes o que a Alemanha gastou, na segunda posição, com quase 98 mil milhões de dólares. Para este ano, os gastos totais da NATO estão estimados em mais de 1.470 milhões de euros.
Entre o mais necessitado pelos membros da NATO encontram-se: soldados, munições, defesa aérea, mísseis de longo curso, material logístico e falta de comunicações digitais no campo de batalha.
Do total, 23 membros cumprem agora os 2% exigidos, ou ultrapassam, com Portugal a não ser um deles.
O tema do financiamento da NATO ganhou maiores contornos recentemente com a invasão russa da Ucrânia. Antes, tinha servido como arma de arremesso do então presidente Donald Trump contra os membros europeus. Agora, volta a surgir a possibilidade de Donald  Trump ser novamente presidente dos EUA.
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