A Navigator terminou o primeiro semestre do ano com um crescimento de 16% nos lucros, face ao período homólogo, atingindo os 159 milhões de euros.
Depois de um primeiro trimestre mais atribulado, onde a empresa portuguesa registou uma queda de 10,6% nos lucros, o segundo trimestre foi de recuperação, com uma subida de 48%, para 95 milhões de euros, o que tornou possível um balanço positivo no semestre.
O volume de negócios da papeleira portuguesa no primeiro semestre ficou nos 1.066 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 9% face aos primeiros seis meses do ano passado.
Já o EBITDA cresceu 18%, chegando aos 299 milhões de euros, tendo a margem EBITDA situando-se nos 28%, beneficiando da redução dos custos variáveis em todos os segmentos de pasta e papel e também dos custos fixos.
A empresa registou um total de 673 mil toneladas nas vendas de papel de impressão e embalagem, o que representa um crescimento homólogo de 26%. As vendas de tissue aumentaram 54%, chegando às 94 mil toneladas, o que representa uma boa dinâmica, depois da Navigator ter apresentado maio capacidade, fruto da aquisição da Accrol.
Apesar dos bons resultados nestes segmentos, foram as vendas do segmento de packaging que mais subiram, 90% face ao primeiro semestre do ano passado.
Segundo a Navigator, entre janeiro e junho foi observada uma evolução positiva na procura, “essencialmente impulsionada pela regularização de stocks na cadeia de distribuição, especialmente na Europa”.
Devido a elevados crescimentos registados pela papeleira portuguesa, esta apresentou um aumento da quota de mercado na Europa.
Durante o primeiro semestre os investimentos da empresa foram superiores a 93 milhões de euros, ficando este valor abaixo dos 113 milhões realizados no semestre homólogo. No entanto, durante este semestre 41 milhões de euros foram classificados como investimento de cariz social.
O grupo terminou o semestre com uma dívida líquida remunerada de 664,5 milhões de euros.
Segundo a empresa, as “perspetivas económicas mundiais têm melhorado desde janeiro, mas ainda assim, o crescimento global permanece numa tendência historicamente baixa a médio prazo”. Perante esta situação, a Navigator aponta para que o sector tenha “prudência sobre a evolução do mercado para o resto do ano”.
Para o terceiro trimestre, a papeleira espera que no segmento do papel se continue a registar uma desaceleração das encomendas, enquanto antecipa “que continue uma forte pressão nos custos, e que venham a estabilizar num patamar bem superior ao que existia antes da pandemia”.
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