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Navigator tomba quase 5% e leva bolsa para terreno negativo

O PSI-20 fechou com variações contidas, numa sessão em que nunca chegou a apresentar uma tendência definida. O BCP perdeu grande parte dos ganhos de ontem, ao cair mais do que o seu índice sectorial.
14 Fevereiro 2020, 18h02

O PSI-20 fechou a cair ligeiramente (-0,07%) para 5.328 pontos e nem a subida de uma das bluechips, a EDP (1,25% para 4,71 euros) salvou a sessão da Bolsa de Lisboa.

A Semapa, que controla a Navigator, fechou a cair 2,08% para 12,26 euros. A controlada Navigator voltou a estar pressionada, perdendo 4,51% para 3,09 euros. A concorrente Altri conseguiu fechar o dia com perdas contidas (-0,73% para 5,47 euros).

A Semapa apresentou ontem contas e o  volume de negócios apresentou um crescimento de 1,4% em 2019 para 2,229 mil milhões. No entanto no 4.ºtrimestre a empresa apresentou um decréscimo de 2,8% em termos homólogos para os 545,7 milhões de euros. – No ano fiscal de 2019 a Semapa viu um decréscimo no EBITDA de 11,2% para os 486,8 milhões (uma margem EBITDA de 21,8% versus 25% em 2018). No 4.ºtrimestre a empresa registou um decréscimo de 31,2% em termos homólogos para os 94,8 milhões (uma margem EBITDA de 17,4% versus 24,6% no 4.ºtrimestre de 2018). Com tudo isto, o resultado líquido atingiu os 162,7 milhões em 2019 (uma queda de 19,1%). No 4.ºtrimestre a empresa apresentou uma redução de 84,6% em termos homólogos para os 7,6 milhões.

Os analistas destacam na Semapa que a venda de pasta e tissue demonstraram um aumento em 2019 (23,8% e 51,6% respetivamente). Já as vendas anuais de papel apresentaram uma quebra de 4,4%. Por outro lado as vendas no cimento cinzento caíram 0,7% em 2019, no entanto as vendas de betão pronto aumentaram 11,4%.

Hoje os CTT tombaram hoje -2,01% para 2,83 euros e o BCP recuou -1,76%, fechando a cotar 0,1901 euros. O analista do BPI destaca que “em pouco mais de um mês, a ação dos CTT perdeu 17% do seu valor”.

Já a Sonae Capital também se destacou pela negativa ao fechar nos 0,71440 euros (-6,42%).

Nas subidas e para além da EDP; destacou-se a EDP Renováveis que valorizou +0,97% para 12,48 euros; a Jerónimo Martins que avançou +1,23% para 16,87 euros; a REN que subiu +1,10% para 2,765 euros e a a Ramada (+0,71%).

Fora do PSI-20, a Cofina caiu -0,41% no dia em que foi notícia o facto de  haver um risco crescente de haver uma derrapagem da OPA à Media Capital. Isto porque ainda não há “luz verde” da CMVM para o aumento de capital que tem de ser realizado antes da OPA.

As principais praças europeias fecharam sem grandes oscilações, depois da correção de ontem devido ao coronavírus.

O EuroStoxx50 fechou nos 3.840,97 pontos (+0,15%). O alemão DAX, caiu e fechou nos 13.744, 21 pontos (-0,01%); o francês CAC caiu -0,39% para 6.069,35 pontos; o espanhol IBEX, ao contrário, valorizou 0,47% para 9.956,8 pontos; e o FTSE MIB caiu 0,10% para 24.867,01 pontos.

“As ações das transportadoras aéreas foram hoje influenciadas por notícias mais intrínsecas ao sector. Segundo a Bloomberg, a UBS afirmou que espera uma subida dos preços dos bilhetes aéreos, o que deverá ter um impacto positivo no sector”, explica o BPI.

O analista destaca que o sector automóvel esteve novamente em destaque. Ontem foi publicado que em janeiro, quando a propagação do coronavírus se encontrava na fase inicial, as vendas de automóveis na China recuaram 20%. Hoje, a Renault reportou lucros inferiores ao previsto (sobretudo em virtude do desempenho modesto da Nissan) e reduziu o dividendo a distribuir em 2020.

Na banca, o Royal Bank of Scotland reportou lucros antes de impostos acima do estimado. No entanto, salienta o BPI; as perspetivas dadas pela Administração do banco para o futuro não foram bem recebidas pelo mercado, tendo as ações corrigido mais de 5,50%.

Hoje também o Credit Agrícole apresentou um resultado líquido e receitas acima do esperado.

No seio empresarial destaque ainda para várias apresentações de resultados como AstraZeneca,  EDF e Wirecard.

No plano macroeconómico destaque para a leitura do valor preliminar do PIB da Zona Euro do 4.ºtrimestre.

O PIB alemão manteve-se estagnado no 4º trimestre de 2019 quando comparado com o trimestre anterior. A pesar no 4º trimestre estiveram o consumo privado e a despesa pública, que em trimestres anteriores tinham compensado a fraqueza das exportações e da produção industrial. Em termos anuais, a economia cresceu 0.40% no 4º trimestre face ao mesmo período de 2018.

O petróleo sobe 0,83% em Londres para 56,81 dólares.

O euro cai 0,01% para 1,084 dólares.

A dívida portuguesa cai 0,5 pontos base para 0,291%.

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