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Neil Young vai processar Donald Trump por uso não autorizado de músicas em comícios

O processo contra o presidente norte-americano diz respeito à violação de direitos de autor e, por isso, Young procura uma indemnização no valor de 150 mil dólares.
5 Agosto 2020, 17h52

O músico e cantor canadiano-americano Neil Young concretizou a ameaça feita no final de julho em que anunciou que iria avançar com uma queixa-crime contra Donald Trump, num tribunal de Nova Iorque, pela utilização repetida das suas canções Rockin’ in the Free World e Devil’s Sidewalk em comícios republicanos.

Na queixa citada pelo “The Hollywood Reporter”, esta quarta-feira, lê-se que esta “não pretende desrespeitar os direitos que os cidadãos americanos têm às suas opiniões, e à liberdade que têm de apoiarem o candidato que quiserem. Contudo, em boa consciência, não posso autorizar que ele use a minha música como lema para uma campanha divisiva, anti-americana e marcada pela ignorância e pelo ódio”.

O processo contra o presidente norte-americano diz respeito à violação de direitos de autor e, por isso, Young procura uma indemnização no valor de 150 mil dólares.

Apesar da ameaça ter sido feita depois da utilização de dos dois títulos num comício realizado em Tulsa, Oklahoma, no dia 20 de junho, essa não foi a primeira vez que Donald Trump recorreu às musicas do cantor. Na verdade, em 2016, o então candidato republicano usou outras musicas de Neil Young durante a sua campanha presidencial. Nessa altura, a sua equipa formalizou o pedido de licença a duas das maiores associações que cuidam dos direitos dos artistas nos Estados Unidos, a American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP) e a Broadcast Music, Inc. (BMI).

O cantor não foi o único músico a protestar contra a utilização abusiva das suas canções em campanhas políticas. O mesmo fizeram figuras como Mick Jagger e Keith Richards, Elton John e Blondie, Lionel Richie e Elvis Costello, e bandas como os Linkin Park, R.E.M, ou Pearl Jam. Estes e outros nomes subscreveram, no dia 28 de julho, uma carta-aberta em que instam tanto o Partido Republicano como o Partido Democrata a obrigarem os seus candidatos a obterem consentimento dos autores para a utilização das suas músicas em situações de campanha.

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