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Netanyahu irredutível sobre manter controlo de corredor em Gaza

“Alcançar os objetivos da guerra passa pelo Corredor de Filadélfia”, declarou em conferência de imprensa. Este assunto constitui um ponto de bloqueio nas negociações para um acordo de cessar-fogo associado à libertação de reféns em posse do Hamas desde 07 de outubro.
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during a ceremony to show appreciation to the health sector for their contribution to the fight against the coronavirus disease (COVID-19), in Jerusalem June 6, 2021. REUTERS/Ronen Zvulun
2 Setembro 2024, 20h28

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que mantém a intenção de controlar o Corredor de Filadélfia, entre a Faixa de Gaza e o Egito, um dos pontos de bloqueio nas negociações com o movimento islamita palestiniano Hamas.

“Alcançar os objetivos da guerra passa pelo Corredor de Filadélfia”, declarou em conferência de imprensa.

Este assunto constitui um ponto de bloqueio nas negociações para um acordo de cessar-fogo associado à libertação de reféns em posse do Hamas desde 7 de outubro.

“O controlo do corredor de Filadélfia garante que os reféns não serão contrabandeados para fora de Gaza”, argumentou Netanyahu, que argumentou que o controlo deste eixo é uma “questão existencial” para Israel.

O primeiro-ministro israelita recusa-se a “ceder à pressão” e insistiu: “Não desistiremos das questões existenciais para Israel, só quando o Hamas compreender isto é que seremos capazes de chegar a um acordo”.

Para o líder israelita, o assassínio de reféns não ocorre por causa da sua decisão sobre o Corredor de Filadélfia, “mas por causa do próprio Hamas”, referindo-se às seis vítimas encontradas mortas na Faixa de Gaza e levadas de volta para Israel pelo Exército no domingo.

Segundo o chefe do Governo de Telavive, os reféns foram executados pelo Hamas com um “tiro na nuca”.

Na mesma conferência de imprensa, Netanyahu pediu perdão às famílias dos seis reféns por não os ter resgatado com vida, mas advertiu que o Hamas “pagará um preço muito alto”, num momento em que as negociações entre as duas partes em conflito, mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos, se mantêm num impasse.

O conflito foi desencadeado por um ataque do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou acima de 200 reféns.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, além de ter desestabilizado todo o Médio Oriente.

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