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Fundo 5G da NOS já identificou mais de 100 oportunidades de investimento

‘Telecom’ liderada por Miguel Almeida tem um fundo com dez milhões de euros para investir em pequenas empresas com projetos no 5G. Oportunidades identificados de realidade virtual, cibersegurança ou IoT têm aplicabilidade nas áreas da Indústria, retalho ou saúde.
  • Presidente executivo da NOS, Miguel Almeida
19 Abril 2021, 08h15

Parte do tecido empresarial português está discretamente a posicionar-se para explorar o potencial da quinta geração da rede móvel (5G) nas atividades económicas, enquanto a nova rede móvel não fica disponível. Para fixar o interesse das empresas no 5G à NOS, a empresa liderada por Miguel Almeida criou o primeiro fundo de investimento português, no valor de 10 milhões de euros, dedicado exclusivamente à nova vaga tecnológica. Ao dia de hoje, o Fundo NOS 5G já identificou mais de 100 oportunidades de investimento, revelou fonte oficial da empresa ao Jornal Económico (JE).

O fundo para o 5G da NOS foi criado em 2019, mas só em 2020, com a gestão do capital nas mãos da portuguesa Armilar Venture Partners, se lançou na procura de potenciais investimentos. Mais de um ano volvido após a criação, o JE procurou saber qual o ponto de situação do fundo da NOS.

Ora, asseverando que o pipeline de oportunidades deste fundo “é alimentado todos os dias, tanto por oportunidades exclusivamente direcionadas para aplicações a correr sobre 5G, como por oportunidades de investimento em que o 5G poderá vir a ser um catalisador de crescimento e otimização do modelo de negócio”, fonte oficial garantiu que “mais de uma centena de oportunidades já foram identificadas como potencialmente ‘investíveis‘ pelo Fundo NOS 5G”. Isto só em 2020, sobre o ano corrente a NOS não revelou dados.

Mas das mais de 100 oportunidades de investimento apenas “uma fração vai sendo encaminhada para processos mais densificados de análise”. Só depois de filtrar as oportunidades é que a NOS avançará para propostas de investimento concretas.

“Estamos com oportunidades concretas muito interessantes e esperamos anunciar alguns investimentos a breve trecho”, salientou fonte oficial da NOS. Provavelmente, as propostas identificadas concretas só serão reveladas depois do espetro de frequências 5G ser distribuído pelos operadores. “O Fundo NOS 5G tem um horizonte de investimento alargado, durante o qual esperamos que haja uma aceleração significativa derivado ao amadurecer da tecnologia”, acrescentou a mesma fonte.

A maioria das oportunidades de investimento identificadas têm origem na comunidade empresarial e nos polos universitários. Destes, a empresa tem sentido um “interesse significativo” no fundo por parte do ecossistema nacional de startups, “à medida que se torna mais tangível todo o potencial que a tecnologia 5G irá trazer para os mais diversos sectores de atividade”.

O Fundo NOS 5G está “com um pipeline saudável para a fase de maturidade em que se encontra”, sublinhou a mesma fonte, que justificou o interesse de startups no fundo com o potencial da nova vaga tecnológica para a “criação e aceleração de startups tecnológicas em solo nacional”.

“As oportunidades mais frequentes têm como objetivo desenvolver projetos “nas áreas da realidade virtual/aumentada, cibersegurança, cloud e Internet das Coisas”, que podem ser aplicados na indústria, retalho e saúde, “que são mesmo áreas críticas de impacto para as tecnologias baseadas em 5G”.

Segundo fonte oficial da NOS, o fundo de investimento para o 5G “materializa de forma clara a ambição” da empresa de telecomunicações em “liderar a introdução da tecnologia”, no país. Um objetivo que foi reforçado, em março, com o lançamento do Acelerador 5G, em parceria com a Amazon Web Services e a Startup Lisboa. Trata-se de um programa de inovação colaborativa, cujo objetivo é apoiar a construção de um ecossistema de inovação e de empreendedorismo em Portugal, com o 5G na sua génese. A NOS espera que este acelerador seja complementar ao trabalho desenvolvido pelo fundo 5G, que é gerido pela Armilar Venture Partners.

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