O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi indiciado por tráfico de drogas em Nova Iorque, revelou o jornal norte-americano ‘The New York Times’ esta quinta-feira, 26 de março. A investigação federal acusa o presidente venezuelano de tráfico de drogas nos Estados de Washington, Nova Iorque e na Florida, e oferece 15 milhões de dólares a quem forneça informações que possam levar à detenção do presidente venezuelano.
O anúncio das investigações e a acusação de narcotráfico contra Nicolás Maduro e outros funcionários do governo da Venezuela foi hoje conhecido, em conferência de imprensa, pela Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA, no estado de Washington e pelo próprio procurador-geral William Barr, que anunciou as acusações e também revelou as sanções diplomáticas adicionais contra o presidente da Venezuela.
Estas acusações marcam um novo ponto crítico na relação entre os dois países, que se têm deteriorado desde 1999, quando Hugo Chávez, antecessor de Maduro, se tornou presidente do regime venezuelano e acusou os EUA de se aproveitarem da Venezuela. No ano passado, os dois países voltaram a desencontrar-se nas suas opiniões, quando o governo de Donald Trump apoiou Juan Guaidó, que está a tentar tirar o poder a Maduro.
De acordo com a acusação norte-americana, Maduro “ajudou a gerir e, finalmente, liderou” a organização criminosa Cartal dos Sóis. Sob a liderança do presidente do regime, o cartel “procurou não apenas enriquecer os seus membros e aumentar o seu poder, mas também inundar os Estados Unidos com cocaína e infligir os efeitos nocivos e viciantes da droga aos utilizadores desse país”, indica o ‘New York Times’.
A acusação sustenta que Nicolás Maduro e outros membros do cartel “priorizaram utilizar a cocaína como arma contra os Estados Unidos e importar o máximo possível de produto para o país”. As acusações federais afirmam que Maduro negociou, pessoalmente, vários carregamentos de cocaína e coordenou com as Honduras, além de outros países, para estes facilitares o comércio ilegal de drogas.
Além de Maduro, serão ainda acusados uma dúzia de indivíduos, incluindo membros do Governo e das forças de inteligência venezuelanos e das FARC, o maior grupo rebelde na Colômbia.
Também o general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa e chefe do Exército, está acusado e a recompensa de captura também está fixada em 15 milhões de dólares. Também o ex-vice-presidente Tareck El Aissami, Diosdado Cabello Rondon, presidente da Assembleia Constituinte, Hugo ‘El Pollo’ Carvajal, ex-diretor da Agência de Inteligência Militar, e o general Clíver Alcalá estão acusados e a recompensa de captura é de 10 milhões de dólares para cada um.
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