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Noesis abre novo escritório em Dublin

A consultora tecnológica expandiu a operação na Irlanda para servir o mercado do Reino Unido e Estados Unidos, onde também tem presença comercial.
12 Julho 2023, 17h25

A consultora tecnológica portuguesa Noesis abriu um novo escritório em Dublin, na Irlanda, para reforçar a proximidade aos mercados britânico e norte-americano, avançou ao Jornal Económico (JE) o diretor financeiro da empresa. Da equipa local fazem parte duas pessoas, às quais mais se juntarão consoante o número de projetos de transformação digital que forem recebendo por parte dos clientes.

“O investimento é sempre feito numa perspetiva de retorno. Temos conseguido aumentar a nossa rentabilidade, que historicamente era relativamente mais baixa. No plano 2024-2027 acreditamos que será maior. Estamos a investir mais nos Estados Unidos [EUA] e na Irlanda, por exemplo, porque as oportunidades estão de facto a estão a aparecer e a concretizar-se”, disse Luís Castro, revelando ainda que a despesa com infraestruturas foi na ordem dos 15 mil euros.

O espaço serve agora de base da operação quer na Irlanda quer no Reino Unido e Irlanda, porém deverá tornar-se o centro tecnológico de apoio aos clientes na região e venda de serviços para os EUA em regime de nearshore. Questionado sobre o Reino Unido continua a ser um mercado atrativo após o Brexit, o Chief Financial Officer (CFO) garantiu que sim, apesar de existir “uma série de novos desafios do ponto de vista de imigração”.

O CEO da Noesis, Alexandre Rosa, diz que o reforço da presença em Dublin se alinha com o “compromisso de internacionalização e evolução na Irlanda e no Reino Unido”. “Ao estarmos mais próximos dos nossos clientes e com planos de contratação de mais profissionais nas áreas comerciais e técnicas, a médio prazo, reforçaremos a nossa operação não apenas nesta região, mas a nível global”, comentou. Segundo Luís Castro, “existe uma ligação bastante próxima entre a Irlanda e os EUA”, portanto também é “a identificação de uma oportunidade de trabalho entre os dois mercados”.

“Sempre tivemos um modelo de nearshore, mas, embora seja virtuoso, não funciona só de uma forma remota. Acreditamos que temos de ter operações comerciais nos EUA Holanda ou Brasil, como temos, mas a parte de delivery (entrega) também tem de estar presente. Saímos reforçados com estruturas locais e, indiretamente, diferenciamo-nos dos modelos de offshore, dos Médio Orientes e das Índias”, esclareceu o CFO.

De facto, a consultora tem-se empenhado na vertente internacional, operando atualmente em seis países: Portugal, Espanha, Irlanda, Países Baixos, Brasil e EUA. No ano passado, o negócio da Noesis além-fronteiras representou mais de 37% da faturação total. O próximo passo é chegar aos 40%, o que deverá acontecer em breve.

“Achamos que é totalmente atingível, até porque o plano que termina este ano tinha essencialmente três pilares estratégicos: os 60 milhões de euros – tudo indica, a seis meses do objetivo, que não só o vamos atingir como superar -, o alinhamento dos resultados com o grupo e esses 40%. Os últimos números, de maio, são de 39%”, afirmou o CFO ao JE, realçando que, ainda que as áreas de low code – Outsystems – operações e gestão de qualidade sejam historicamente motores de crescimento, a Inteligência Artificial, a cibersegurança e DevOps (Desenvolvimento e Operações) estão a ter impactos positivos fortes.

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