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NOS Alive ’24: “Muito mais do que um festival de música, é um festival de tecnologia”

“É muito mais do que um festival de música: isto é um festival de tecnologia”, afirmou Judite Reis, senior director Mobile Engineering Network & Services NOS, durante uma visita técnica para jornalistas. Dizem-no a organização e mostram-no as infraestruturas, cuja capacidade foi reforçada em 5% este ano. 
14 Julho 2024, 16h32

Mais de 1200 quilómetros de rede de fibra percorrem os 11 hectares do recinto do NOS Alive, que decorre até este domingo, suportando não só os três dias de evento, como a tríade de ações 5G preparada para a 17.ª edição do festival de música: “Colete das Emoções”, “Entusiasmómetro” e “Repórter 5G”.

“É muito mais do que um festival de música: isto é um festival de tecnologia”, afirmou Judite Reis, senior director Mobile Engineering Network & Services NOS, durante uma visita técnica para jornalistas. Dizem-no a organização e mostram-no as infraestruturas, cuja capacidade foi reforçada em 5% este ano. 
A mesma responsável compara a infraestrutura tecnológica instalada pela NOS com a existente em cidades de média dimensão. “O que a NOS aqui monta, do ponto de vista de tecnologia, é algo semelhante àquilo que temos, por exemplo, numa cidade de média dimensão, como Coimbra ou Leiria”, explica.
Sendo um festival “com uma grande exigência” e em que “mais de 50% de informação é uplink“, continua a mesma responsável, o 5G assegura a “instantaneidade” que a natureza de um festival como o NOS Alive pede.
A suportar a atividade estão mais de cem trabalhadores, quatro salas técnicas, entre elas dois data centers, sendo um dos quais backup e um disaster recovery, e geradores. São mais de cem o número de células que dão cobertura 4G e 5G. Em destaque está a Antena Lente, única em Portugal, que é utilizada em grandes eventos nos EUA, nomeadamente no SuperBowl.
“Temos de garantir que não há falhas durante um festival, não só para suportar o próprio [festival], como para os festivaleiros. Montamos o festival não só com a preocupação de garantir velocidade e instantaneidade, mas também muitíssima resiliência. A forma como as células estão montadas aqui no festival garante que não só temos muita capacidade como se se alguma coisa falhar, a outra sobrepõe-se”, explicou Judite Reis, revelando que nos dias que antecederam a abertura do evento foram realizados vários testes de resiliência.
“No ano passado tivemos mais de 20 terabytes de tráfego gerado em todo o evento. Só num dos concertos foi cerca de um terabyte de tráfego”, continuou. Para esta edição, que recebe cerca de 55 mil pessoas por dia, a organização preparou-se para um “crescimento de até 10/20% do tráfego”.
Colete das Emoções”
No âmbito da visão de inclusividade da NOS, para esta edição do festival foi projetada uma iniciativa de promoção da inclusão recorrendo a tecnologia 5G. Desenvolvidos pela Access Lab, uma empresa que “trabalha o acesso de pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao entretenimento enquanto direito humano fundamental” os coletes hápticos utilizados na iniciativa transmitem aos utilizados vibrações correspondentes à música e às reações da multidão em tempo real. O concerto escolhido para este projeto-piloto foi o de Dua Lia, no dia 12.
“A NOS desenvolveu uma solução integralmente baseada em 5G para proporcionar uma experiência multissensorial completa a um grupo de 8 surdos e pessoas com limitações de audição para que possam, pela primeira vez, viver as emoções de um festival como o NOS Alive, através de coletes especiais que vibram ao ritmo da música”, explica a empresa.
A potenciar esta experiência estão duas funcionalidades desenvolvidas pela NOS: Legendagem Real-Time no smartphone do utilizador via Webapp, que assegurou a transmissão da legendagem simultânea e síncrona durante todo o concerto da artista anglo-albanesa, e Interpretação Linguagem Gestual Portuguesa (LGP) Real Time através do telemóvel do utilizador. Assim, através de uma webapp, os participantes puderam assistir à transmissão via streaming ao vivo da interpretação LGP.
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