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NOS diz-se surpreendida com “insistência em argumentos já rebatidos” pelo presidente da Anacom

Na sequência da entrevista de Cadete de Matos ao Expresso, a NOS veio refutar várias das declarações sobre o leilão 5G e o mercado das telecomunicações nacional, falando num mercado competitivo de margens apertadas e defendendo que nada têm a ganhar com a partilha de investimento.
  • Edifício-sede da NOS, em Lisboa
4 Dezembro 2020, 20h36

A NOS mostra-se surpreendida com as declarações de Cadete de Matos, presidente da Anacom, na entrevista desta sexta-feira ao Expresso sobre o leilão 5G. A operadora apelida de “desconcertante a insistência em argumentos que já foram rebatidos” e relembra a preocupação de várias entidades, incluindo a Comissão Europeia e o Parlamento.

A partilha de investimento sugerida pelo presidente do regulador do mercado de telecomunicações é contestada pela NOS, que defende que “não existe partilha de investimento, porque não há reciprocidade no acesso e os novos operadores nada têm para partilhar”.

“Existe, sim, um acesso à propriedade dos atuais operadores por parte de quem nada investiu e em nada contribuirá para a sociedade”, alega a operadora.

A empresa questiona também a “cooperação institucional” que Cadete de Matos referiu entre a Anacom e o Governo, falando de “divergências e preocupações que têm vindo a público” durante o processo que envolve o leilão de 5G.

Finalmente, a NOS refuta as alegações de que as operadoras atuam num monopólio e com margens muito elevadas, destacando a competitividade de um mercado onde o retorno sobre capital investido é o segundo mais baixo da Europa no sector e, no caso particular da empresa que resulta da fusão em 2013 entre Optimus e ZON, este indicador fica 40% abaixo da média das empresas do PSI-20.

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