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Nove empresas entram no capital do transporte marítimo de Cabo Verde

Um grupo de nove armadores (Cabo Verde Fast Ferry, Polaris, Adriano Lima, Verdemar, Santa Luzia Salvamento Marítimo, Jô Santos & David, União de Transportes Marítimos, Oceanomade e Aliseu) assumiu 49% do capital social da Inter-ilhas, que tem como sócio maioritário a portuguesa Transinsular.
19 Fevereiro 2019, 13h09

Um grupo de nove armadores nacionais rubricou com governo de Cabo Verde, na Cidade do Mindelo, o acordo que formaliza a entrada no capital social da futura empresa de transporte marítimo do arquipélago, a Cabo Verde Inter-ilhas. As empresas assumiram esta segunda feira 49% do capital social da Inter-ilhas, que tem como sócio maioritário a portuguesa Transinsular, vencedora do concurso internacional para serviço público de transporte marítimo inter-ilhas.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, classificou como “histórico” o acordo por ser mais uma etapa que se cumpre do concurso internacional lançado em Janeiro de 2018 para o serviço público de transporte marítimo inter-ilhas “Este é um acordo histórico, pois selamos hoje um compromisso com os armadores nacionais para darmos ao País uma solução optimizada e excelente em matéria de transportes marítimos”, afirmou o governante, momentos após a assinatura do documento.

As nove empresas que entram na Cabo Verde Inter-ilhas são: Cabo Verde Fast Ferry, Polaris, Adriano Lima, Verdemar, Santa Luzia Salvamento Marítimo, Jô Santos & David, União de Transportes Marítimos, Oceanomade e Aliseu. Cada uma deve realizar um capital social de 2.722 milhões de escudos (cerca de 25 mil euros).

O resultado final da entrada dos armadores cabo-verdianos na Cabo Verde Inter-ilhas é, segundo titular da pasta das Finanças, dar ao país oportunidade para se criar uma empresa “saudável e sustentável” e “um bom sistema” de transporte entre as ilhas regular, seguro e a bom preço.

“Estamos engajados e confiantes em que estaremos à altura de mudar o estado atual e sermos capazes de reformar sem medo”, disse Olavo Correia, que ainda prometeu que o executivo vai criar as condições para que os privados agarrem as oportunidades e continuar a dinâmica “reformista” em curso.

Em representação dos armadores nacionais, o comandante Luís Viúla referiu que o acordo é o resultado de “muitas sessões de trabalho e discussão de questões relevantes” para a vida das empresas nacionais de navegação marítima e que, “desde a primeira hora”, os armadores nacionais estiveram interessados em contribuir e colaborar na exploração dos navios de cabotagem na ligação das ilhas.

“Hoje chegamos a um acordo porque o clima de negócio melhorou entre as partes, pelo que após muita discussão os armadores decidiram entrar no negócio por unanimidade”, concretizou.

Mediante o acordo rubricado, todo o pessoal afeto às empresas armadoras poderá ser integrado na Cabo Verde Inter-ilhas. Relativamente aos navios, os que forem considerados aptos, serão transferidos para a nova empresa, sendo que o remanescente poderá ser vendido ou abatido.

A Cabo Verde Inter-ilhas iniciará atividades a partir do próximo mês de agosto, com as mesmas tarifas segundo indicações do governo, por  um período de transição de dois anos. É o fim de um processo que parece ter chagado a bom porto, mas que levou meses para ser resolvido, com os armadores cabo-verdianos a reclamarem de que tinham sido deixados de fora, durante concurso internacional de serviço público de transporte marítimo inter-ilhas.

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