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Novo confinamento significaria “ciclo vicioso terrível para as economias”, alerta Marcelo

Presidente da República afirma ainda que “aquilo que se tem chamado segunda é a mesma vaga com altos e baixos e, neste momento, com um alto”. “Portanto, em países que estavam num baixo, estão a conhecer o alto”, diz.
  • Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
15 Agosto 2020, 11h48

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referiu  este sábado, 15 de agosto, que um novo confinamento iria traduzir-se num “ciclo vicioso terrível para as economias”, em declarações aos jornalistas durante as suas férias no Algarve.

“Se economias, por exemplo, a Alemanha estão a tentar conviver com esses fenómenos estão a tentar encontrar medidas, o uso da máscara de forma mais intensiva nomeadamente em via publica, mais medidas preventivas, mas não pararam a atividade económica”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa. “A sensação que têm essas economias é não sabendo quanto tempo vai durar não é possível estar a fazer um novo confinamento integral”, garantiu o Presidente da República.

Além da Alemanha, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se à China e utilizou o exemplo da nora que agora encontra-se na China. “Diz que há medidas muito restritivas ela própria foi e está de quarentena de 15 dias, mas ao mesmo tempo a atividade económica não para, se parar isso significa um ciclo vicioso terrível para as economias”, assegura o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa também frisou que “aquilo que se tem chamado segunda é a mesma vaga com altos e baixos e neste momento com um alto. Portanto, em países que estavam num baixo, estão a conhecer o alto”. “Na Alemanha por exemplo as aulas começam mais cedo do que em Portugal, começam em agosto, e portanto isso dá uma subida, também tem havido uma subida pela maior mobilidade das pessoas”, apontou o chefe de Estado.

O Presidente da República, que fez questão de recordar que é “não é epidemiologista”, considerou que “a segunda vaga é um agravamento, porque a vaga nunca deixou de existir. Isto não é um fenómeno sazonal, isto está a ser um fenómeno estrutural, até se arranjar vacina. Portanto, temos de estar habituados à ideia de conviver sabe-se lá por quanto tempo”.

De acordo com o boletim da Direção-Geral da Saúde de 14 de agosto, Portugal contabiliza pelo menos 1.770 mortos associados à covid-19 em 53.548 casos confirmados de infeção.

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