O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu esta quarta-feira 1.250 milhões de euros, num leilão duplo em dívida a seis e 12 meses, com as taxas mais negativas face ao leilão de julho.
Portugal pagou -0,44% para emitir mil milhões de euros em dívida a 12 meses, que compara com os -0,431%, no último leilão comparável em julho. A procura superou a oferta em duas vezes.
A instituição liderada por Cristina Casalinho emitiu ainda 250 milhões de euros em dívida a seis meses, com uma taxa de alocação de -0,463%, que compara com os -0,454%, do leilão de julho. A procura superou a oferta em 4,7 vezes.
O Tesouro tinha estabelecido um montante indicativo de 1.250 milhões a 1.500 milhões de euros.
No último leilão de dívida curto prazo, o IGCP tinha registado mínimos históricos nas taxas de juro. O Tesouro, na maturidade a 11 meses, emitiu 750 milhões de euros, tendo pago uma taxa média ponderada de -0,557%. Nos Bilhetes do Tesouro a três meses, o montante colocado foi de 250 milhões, com uma yield de -0,563%, face a -0,425% na emissão em junho.
Desde o início do ano que os custos de financiamento de Portugal têm vindo a diminuir, beneficiando do aumento da confiança dos investidores devido à estabilidade económica e upgrades da agência de rating. Na sexta-feira passada, a Standard & Poor’s (S&P) manteve a notação da dívida soberana portuguesa em ‘BBB’, mas subiu a perspetiva de ‘estável’ para ‘positiva’, destacando a melhoria da composição, maturidade e custos associados à dívida, assim como a capacidade de Portugal cumprir com as suas obrigações.
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