O Ministro das Finanças disse hoje que o Novobanco poderá vir a entregar anualmente 200 a 250 milhões de euros ao Estado, caso a participação pública no banco se mantenha, isto quando o banco está em processo de venda.
“Se [o Estado] mantiver a sua posição no Novobanco, continuará a receber montantes em torno de 200 a 250 milhões de euros de dividendos”, disse Joaquim Miranda Sarmento no Fórum Banca, que decorre hoje em Lisboa.
A estimativa de dividendos apontada pelo ministro pressupõe que a posição de 25% do Estado português no Novobanco se mantenha depois do processo de venda. Caso o Estado opte por reduzir a sua posição, o valor a receber de dividendos será proporcionalmente menor.
No final de janeiro, em entrevista ao Eco/CNN, o ministro das Finanças disse que “não é muito normal que o Estado português detenha 25% de um banco privado”, pelo que, “se a oportunidade surgir”, poderá vender a sua participação.
Na terça-feira, o parlamento chumbou a moção de confiança apresentada pelo Governo, provocando a sua demissão.
O Novobanco é atualmente detido em 75% pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star, que quer vender este ano parte do banco em bolsa.
Ainda quanto a dividendos, o ministro voltou a dizer que, este ano, é esperado que o Novobanco pague 300 milhões de euros de dividendos pontuais ao Estado português, uma receita que resulta do fim do acordo de capitalização contingente em dezembro passado.
Este mecanismo foi criado aquando da venda do Novobanco à Lone Star em 2017 para compensar o banco por ativos ‘tóxicos’ com que ficou do Banco Espírito Santo.
Ao longo dos anos, o Fundo de Resolução injetou 3.405 milhões de euros no Novobanco, provocando várias polémicas políticas e mediáticas.
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