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Novos receios de resistência da inflação empurram bolsas para o ‘vermelho’

Os dados divulgados esta quarta-feira nos EUA apontam para maior resistência das empresas à alta dos juros do que seria de esperar, o que gera receios no que diz respeito à inflação. Nesse sentido, os investidores recuaram na sessão bolsista e os principais índices europeus terminaram as negociações em perda.
Bloomberg
4 Janeiro 2024, 07h30

Os novos sinais de força das empresas norte-americanas, num contexto de juros elevados, dão força à ideia de que as pressões inflacionistas se vão estender no tempo de forma mais prolongada do que seria desejável. Neste contexto, os investidores nos mercados bolsistas perderam confiança e tal notou-se nas principais praças europeias, na sessão desta quarta-feira.

A bolsa de Lisboa derrapou 0,67%, até aos 6.410,86 pontos, ao mesmo tempo que as negociações em terreno negativo se deu nos principais mercados europeus. O CAC 40 (França) protagonizou o tombo mais acentuado, na ordem de 1,58%. Mais atrás, o índice agregado Euro Stoxx 50 escorregou 1,43%, ao passo que a Alemanha recuou 1,38% e Itália 1,36%. Em Espanha, o principal índice contraiu 1,26% e o Reino Unido derrapou 0,54%.

Também por cá a sessão ficou marcada pelas sensações negativas, se olharmos às cotadas do PSI. O caso da Jerónimo Martins foi o mais notório, já que os títulos recuaram 4,16%, até aos 22,14 euros. Seguiu-se a EDP Renováveis, ao resvalar 1,75%, para 17,67 euros, ao passo que a EDP, do mesmo grupo, recuou 1,34% e ficou-se pelos 4,433 euros.

A terminar as negociações em terreno positivo, destaque para a Mota-Engil, que se adiantou 2,55%, para 4,23 euros por ação, ao passo que a Galp ganhou 1,10% e chegou aos 13,78 euros.

Com a política de subidas agressivas dos juros levada a cabo pela Fed, as empresas norte-americanas perderam algum fôlego, e, sem surpresa, a economia desacelerou. Ainda assim, por esta altura as empresas continuam a mostrar resistência ao ambiente macroeconómico desafiante.

Prova disso foram os dados divulgados esta quarta-feira que indicam que a indústria nos EUA viu diminuir o ritmo de contração. Tendências que contribuem para o aumento do emprego e, consequentemente, dão força à inflação que se observa não apenas na economia dos EUA, como também nas europeias, incluindo a portuuguesa.

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