Os estabelecimentos hoteleiros da região semiautónoma chinesa de Macau acolheram mais de 1,2 milhões de hóspedes em maio, mais 2,7% do que no mesmo período de 2024, foi hoje anunciado.
De acordo com dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), maio foi o segundo mês consecutivo em que o número de hóspedes nos hotéis e pensões de Macau aumentou.
No entanto, no que toca ao período entre janeiro e maio, o território continua a registar uma redução em termos anuais de 2,1%, para seis milhões de hóspedes.
Isto apesar de Macau ter recebido, nos primeiros cinco meses de 2025, 16,3 milhões de visitantes, mais 15,2 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.
Quase 59% dos visitantes (9,57 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.
O número de hóspedes continuou a recuperar em maio, apesar de os hotéis terem aumentado os preços médios dos quartos para 1.371 patacas (146 euros), mais 0,6% do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 47 estabelecimentos locais.
Segundo o relatório, divulgado pela Direção dos Serviços de Turismo, a subida deveu-se aos hotéis de quatro estrelas, cujo preço médio cresceu 5,3%, para 1.149 patacas (122,5 euros), e aos hotéis de três estrelas, que registaram um aumento de 5,4% para 959 patacas (102 euros).
Pelo contrário, o preço médio dos quartos nos hotéis de cinco estrelas caiu 1,2%, para 1.533 patacas (163 euros).
Apesar da diminuição no número de hóspedes, a ocupação média dos hotéis e pensões de Macau subiu para 89,2% entre janeiro e maio, mais cinco pontos percentuais do que no mesmo período de 2024.
Isto porque o número de quartos disponíveis em Macau diminuiu 3,7% em comparação com maio do ano passado, para cerca de 45 mil.
Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.
O anterior recorde, 14,1 milhões de hóspedes, tinha sido fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19, num ano que Macau terminou com apenas 38.300 quartos em 122 estabelecimentos hoteleiros.
Em maio, o território tinha 147 hotéis e pensões, mais quatro do que no ano passado e o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1997, ainda antes da transição de administração de Portugal para a China.
“Temos cada vez mais turistas, mas o nível de consumo está a baixar”, alertou, em 13 de maio, o líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai.
O consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 13,2% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2024.
A DSEC já tinha apontado a “alteração do padrão de consumo dos visitantes” como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.
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