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De Marcelo às redes sociais: as principais reações ao polémico acordo entre PSD e Chega

À esquerda, o acordo feito nos Açores não agradou. No entanto, o tema agitou toda a classe política, incluindo o Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva.
  • Flickr/PSD
13 Novembro 2020, 17h40

Os acordos entre partidos são uma solução comum para se conseguir atingir uma maioria que possa governar. Em 2015 surgiu a geringonça, formada à esquerda e mais recentemente o partido Chega e o Partido Social democrata chegaram a entendimento nos Açores. A mais recente união têm suscitado muitas opiniões, sendo que a maioria é negativa.

Tudo começou a 7 de novembro quando o representante da República nos Açores, Pedro Catarino, indigitou o líder regional social-democrata José Manuel Bolieiro para ser o próximo presidente do governo regional dos Açores. Nesta altura, foi considerado que o compromisso escrito com os deputados do Chega e da Iniciativa Liberal iria permitir que a coligação formada pelo PSD, CDS-PP e PPM.

O acordo gerou desagrado, principalmente da parte do primeiro-ministro. “O PSD deve uma explicação ao país. A direita democrática na Europa tem traçado uma linha vermelha muito clara de que não há entendimentos com a extrema-direita xenófoba”, referiu António Costa a 7 de novembro.

Os comentário do primeiro-ministro não foram bem recebidos pelo líder do PSD que acusou António Costa de estar a mentir. “António Costa e o Bloco de Esquerda estão de cabeça perdida. António Costa está a mentir quando diz que há um acordo nacional. O acordo a que se chegou foi nos Açores”, assegurou Rui Rio a 9 de novembro.

Dos Açores para o continente

Apesar de Rui Rio ter rejeitado um entendimento Nacional com o Chega, o tema não ficaria por aí. A 10 de novembro, a coordenadora do Bloco de Esquerda frisou que o PSD “está numa “contradição gigantesca” pelo acordo com o partido de Ventura. Catarina Martins acredita ser “preocupante” que “a direita que se diz democrática abra a porta às forças que não são democráticas”.

No mesmo dia, no Parlamento, o ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que não pertence “a nenhum partido que esteja encostado a quem gosta de ditadores e tiranos para efeitos apenas de garantir algum apoio governamental”.

Sobre o acordo, o Presidente da República salientou esta sexta-feira que não havia “nada a apontar ao Representante da República na Região Autónoma dos Açores (RAA)” e comparou a solução governativa politica à direita nos Açores com a união entre Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda e PS em 2015. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de sublinhar que “há que prevenir o seu aparecimento [de partidos como o Chega], evitando as causas de insatisfação que o justificam, há que evitar a proibição na secretaria, mas há que combater as ideias no plano das ideias”.

Tema de eleição nas redes sociais

O tema continuou a dar que falar, não só na imprensa como nas redes sociais. Esta sexta-feira, Rui Rio escreveu no Twitter que passou “de frouxo esquerdista, que até já concordou com o BE, [Bloco de Esquerda] passando por amigo do bloco central, esta semana estou fascista de perfil atlântico”. “É este o nível e a seriedade do debate político em Portugal. É este o problema de qualquer moderado que se situe verdadeiramente ao centro”, completou.

Um tema em destaque na sua página pessoa do Twitter esta semana. A 11 de setembro, Rui Rio perguntou se “sobre o avanço do fascismo nos Açores, que temos hoje? Alguma novidade especial?”.

Em resposta ao líder do PSD, André Ventura partilhou no Twitter que passou “de ser um fascista imitador de Le Pen e Salvini para um fascista de dimensão mais atlântica. As coisas estão definitivamente a mudar em Portugal”.


O líder do CDS-PP não se deixou ficar para trás e recorreu ao Facebook para expressar a sua opinião. “O PS está de cabeça perdida, apagou a memória e já não sabe quem é quem”. “O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva não perdeu os seus velhos tiques, como quando comparou a concertação social a uma feira de gado em 2016”, apontou Francisco Rodrigues dos Santos.

O presidente dos centristas acrescentou ainda que o partido de Santos Silva “não se encosta a quem gosta de ditadores para garantir apoio ao governo. Curiosamente, no Orçamento do Estado para 2021, anda ao colinho de quem idolatra Maduro e Kim Jong-Un, celebra Lenine, Estaline e a revolução comunista”.

O PS está de cabeça perdida, apagou a memória e já não sabe quem é quem!

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto…

Publicado por Francisco Rodrigues Dos Santos em Sexta-feira, 13 de novembro de 2020

 

 

 

 

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