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“O meu lugar está sempre à disposição dos militantes do partido”, diz líder do CDS

Francisco Rodrigues dos Santos diz que não foi eleito por ter padrinhos no partido “nem com apoio de barões”. “Fui eleito com o apoio das bases do CDS que sabem que estarei neste lugar até entenderem que eu sou útil ao serviço do meu país”, sublinhou o dirigente centrista.
27 Janeiro 2021, 15h24

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos referiu que o seu lugar estaria à disposição dos militantes do partido, em resposta ao antigo dirigente do partido Adolfo Mesquita Nunes que pretende uma mudança na liderança. Francisco Rodrigues dos Santos garante estar focado nas eleições autárquicas.

“O meu lugar está sempre à disposição dos militantes do partido”, disse Francisco Rodrigues dos Santos admitindo vir a encontrar-se com Adolfo Mesquita Nunes para esclarecer as criticas a que foi sujeito na crónica escrita, pelo antigo dirigente do CDS, no jornal online “Observador”. As declarações do presidente centrista foram transmitidas através dá página pessoal de Francisco Rodrigues dos Santos no Facebook.

Em conferência de imprensa a partir da sede do partido, Francisco Rodrigues dos Santos referiu que “como presidente do CDS, utilizarei sempre o partido como um instrumento ao serviço do país e não ao serviço de agendas pessoais”.

Sobre os comentários tecidos por Adolfo Mesquita Nunes, o presidente dos centristas, sublinhou que “todas as discussões são legitimas numa vida interna do partido e têm locais próprios para se ter”.

Em resposta aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos voltou a frisar que foi eleito pelos militantes e não precisou do apoio de “barões”. “Não fui eleito por ter padrinhos no CDS, nem com apoio de barões, fui eleito com o apoio das bases do CDS que sabem que estarei neste lugar até entenderem que eu sou útil ao serviço do meu país”, sublinhou.

Quanto a possíveis diferentes perspetivas sobre a liderança dos centristas, o líder do CDS explicou que no começo da semana ” já tinha convocado os órgãos nacionais do partido, a comissão politica nacional e comissão executiva para nos debruçarmos sobre a situação política do partido onde naturalmente analisaremos estas questões que foram levantadas pelo ex-dirigente Adolfo Mesquita Nunes que agora de forma bastante vigorosa se voltou a interessar pela vida interna do partido”.

Críticas à parte, Francisco Rodrigues dos Santos garantiu que “toda a nossa direção do partido está a preparar as próximas eleições autárquicas”. “Compreendo que para quem não se tenha interessado muito pela vida do partido nos últimos tempos não compreenda o dano que provoca ao CDS ter estas discussões na praça pública”, sublinhou.

O presidente do CDS lembrou ainda que “esta direção que herdou uma dívida astronómica tudo tem feito para manter condições para que nada falte às nossas estruturas locais”.

Ainda no dia de hoje, durante entrevista, Francisco Rodrigues dos Santos já tinha comentado o que tinha dito Adolfo Mesquita Nunes e garantiu não ter “medo nenhum de ir a votos”.

Na crónica publicada a 26 de janeiro no “Observador”, Adolfo Mesquita Nunes escreveu que: “O CDS tem um problema de sobrevivência. E não temos muito tempo para resolvê-lo. Não se trata de uma opinião singular mas de um juízo consensual: não há ninguém que pense que as coisas nos estão a correr bem”. “Sucede que diariamente se confirma que a atual direção do CDS não foi capaz de liderar esse projeto e essa estratégia, independentemente das boas intenções”, referiu Adolfo Mesquita Nunes que já pediu eleições antecipadas no partido. 

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