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O papel do arquitecto digital nas cidades de hoje em dia

O fenómeno da Internet das Coisas é o grande motor por trás da metamorfose das infraestruturas da cidade e da arquitetura urbana.
30 Novembro 2017, 08h35

As cidades de hoje são a arena de uma grande transformação. Entre os mais variados desafios, a crescente urbanização e expansão das cidades leva a uma mudança na abordagem ao planeamento urbano e desenvolvimento de infraestruturas, passando a ter em conta o desenvolvimento de novas tecnologias. Este planeamento prévio na criação de novas soluções tecnológicas permite garantir que a miríade de aplicações criadas se mantém compatível entre si, evitando custos significativos e assegurando a sua replicabilidade.

O fenómeno da Internet das Coisas é o grande motor por trás desta metamorfose das infraestruturas da cidade e da arquitetura urbana. Com o uso de sensores, comunicação entre dispositivos, automação e inteligência artificial, as cidades inteligentes têm a oportunidade de desenvolver capacidades preceptivas das infra-estruturas da cidade e criar um ambiente autorregulado, baseado em fluxos e análise de dados.

O processo é simples e passa por três camadas: a informação autorizada é recolhida através de telemóveis, sensores e medidores instalados pela cidade (camada de conexão entre infraestruturas e dispositivos). De seguida, os dados são transferidos, classificados e estruturados para processamento (camada de análise de dados), sendo por fim correlacionados para determinar padrões e dependências, e gerar serviços e iniciativas smart (camada de aplicações e serviços).

Os resultados obtidos são então utilizados para dar novas instruções aos sensores e medidores, sintonizando e sincronizando-os. Ao longo do tempo, este ecossistema torna-se autorregulado, eliminando o erro, a ineficácia, e criando uma base sólida para análises preditivas.

Tudo isto é possível apenas se existir uma arquitetura digital comum, assente numa infraestrutura que permita gerar, analisar e comunicar quantidades massivas de dados – big data – potenciados pelo grande caudal de informação gerado por dispositivos ligados entre si, na chamada Internet das Coisas.

É desta forma que as cidades inteligentes têm a oportunidade de se tornar as cidades do futuro, com tudo em si organizado e integrado, e sempre com a garantia de que o destinatário final é o cidadão. Sendo, neste caso, Portugal um caso de boas práticas.

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