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“O problema não é haver turismo a mais, é haver economia a menos”

“Há uma correlação direta entre a exportação de vinhos para determinados países e o crescimento de turistas vindos desses mesmos países”, disse o presidente do Turismo de Portugal.
12 Novembro 2021, 15h30

O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, rejeita que o país esteja demasiado dependente do turismo e dá como exemplo números que, com exceção para o período pandémico, têm vindo sempre a aumentar.

Luís Araújo participou esta sexta-feira, 12 de novembro, no quinto ‘Observatório Jornal Económico/Crédito Agrícola’ dedicado ao tema “Os desafios da diversificação da economia”.

“Recuámos 26 anos em 2020, ao nível de dormidas. Tivemos em 2020 o mesmo número de dormidas que tivemos em 1994, mas recuámos só dez anos ao nível de receitas”, começa por dizer Luís Araújo.

O responsável sublinha que o país está a “conseguir ter mais com menos, o que é extremamente positivo e era um dos grandes objetivos da estratégia 2027”.

O presidente do Turismo de Portugal cita um estudo feito em 2019 sobre a marca ‘Portugal’, para afirmar que o país está “num quadrante de grande competitividade face a outros países”, conseguindo destacar-se dos demais, principalmente pelos soft skills, ou seja, “na autenticidade, na simpatia, na originalidade dos portugueses, portanto, muito alinhado com os valores do turismo”.

Para salientar o seu ponto, Luís Araújo afirma que muitas atividades económicas tiram partido da atividade turística: “Há uma correlação direta entre a exportação de vinhos para determinados países e o crescimento de turistas vindos desses mesmos países. Isto vê-se, por exemplo, nos EUA e no Brasil que são mercados de longa distância em que, o crescimento do número de turistas, é exatamente igual ao crescimento do volume de exportações de vinho para esses países”.

“Diria que há uma relação enorme, há um potencial de melhoria e crescimento, mas claramente muito positivo e com muito otimismo face ao futuro”, conclui.

Para além do presidente do Turismo de Portugal, participaram no observatório Licínio Pina, presidente executivo do Crédito Agrícola; Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal; e Célia Gonçalves, secretária executiva da Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha.

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