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OE2022: BE quer “tirar penalizações a quem começou a trabalhar em criança” (com áudio)

Em causa estão cortes nas pensões. Segundo a representante do BE as pessoas continuam “a ver cortes nas suas reformas”.
6 Outubro 2021, 10h44

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, abordou esta quarta-feira o tema das pensões no âmbito das negociações do Orçamento do Estado. Segundo Catarina Martins, durante as negociações para orçamento do Estado (OE) para 2022 o partido ainda não apresentou ao Governo medidas, mas pretende fazê-lo.

Entre as propostas nas alterações que o BE quer introduzir ao nível das pensões o fim das “penalizações a quem começou a trabalhar em criança”. Catarina Martins anunciou que o partido quer que “quem já trabalhou uma vida inteira [com 40 anos de descontos] deva poder reformar-se com pensão digna”.

Segundo a coordenadora do BE, as pessoas continuam “a ver cortes nas suas reformas” e é cada vez mais importante para o partido que seja ajustado os cortes nas reformas, e a idade da reforma consoante fatores como a idade em que a pessoa começou a trabalhar, mas também quando se trabalha num profissão de desgaste rápido.

Catarina Martins sublinhou ainda que as perspetivas atuais é de que a “idade de reforma vai continuar a subir”, algo a que o BE se opõe.

A 5 de outubro, depois de reunião da mesa Nacional, os bloquistas já tinham admitido ser importante para o partido que fossem executadas alterações nas pensões.  O objetivo do BE é “propor o acesso facilitado a reforma para quem tem 40 anos de descontos: recálculo das pensões atribuídas, a quem, face à lei atual, não estaria sujeito ao fator de sustentabilidade”, mencionou Catarina Martins aos jornalistas.

O Bloco também tem assumido como prioridades nas negociações do OE para 2022 alterações às leis do trabalho. Segundo Catarina Martins “no imediato, é preciso uma moratória que impeça despedimentos em empresas com lucros”. No entanto, o Bloco comprometeu-se a ter como prioridade “no quadro da negociação do próximo OE, a alteração das leis do trabalho”.

“Não existirá recuperação do país sem resposta à injustiça provocada pela intermediação do trabalho (empresas de trabalho temporário, outsourcings), pela caducidade da contratação coletiva ou pela manutenção dos cortes nas pensões de reforma de quem tem 40 ou mais anos de carreira contributivo”, garantiu a bloquista.

Sobre as negociações para o próximo Orçamento do Estado a líder do partido também já tinha referido que: “Não temos neste momento indicações mais positivas do que aquelas que tivemos o ano passado”

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