O líder socialista mostrou-se este domingo disponível para aprovar um retificativo caso o Orçamento do Estado seja chumbado, para cumprir os acordos com grupos profissionais da administração pública, e criticou a “agressividade” do Governo face ao PS.
No discurso da ‘rentrée’ do PS, que decorreu no último dos cinco dias da Academia Socialista, em Tomar, Pedro Nuno Santos começou por dizer que “quem achava que o PS ia murchar passando para a oposição enganou-se”, afirmando que o “PS está aqui pronto para o combate”.
“Não é possível ignorar a agressividade com que um governo absolutamente minoritário tem atacado o PS. Um Governo que devia estar concentrado no futuro do país e na resolução dos seus problemas”, criticou.
O líder do PS quis deixar claro que “não será pelo PS que os acordos celebrados entre o governo e os diferentes grupos profissionais da administração pública ficarão por cumprir”.
“No caso de o Orçamento do Estado para 2025 não ser aprovado, estaremos disponíveis para aprovar um orçamento retificativo que garanta a execução desses acordos”, reiterou.
Pedro Nuno Santos acusou o Governo de, “mais do que falar do futuro do país”, concentrar-se em “reescrever a história dos últimos oito anos”.
O secretário-geral do PS enfatizou que a atitude dos socialistas “tem sido de abertura e disponibilidade para encontrar soluções maioritárias para os problemas”.
Como exemplos desta abertura, o líder do PS elencou esta questão do retificativo, o desbloqueio da eleição do presidente da Assembleia da República, a disponibilidade “para um acordo amplo para o setor da justiça” e, mais recentemente, a “abertura para viabilizar o Orçamento para 2025”.
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