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ONU está a acompanhar “saída futura” de Angola da lista de países menos desenvolvidos

Os serviços de imprensa da ONU acrescentam que relativamente aos restantes países de língua portuguesa em África que ainda figuram na categoria de países menos desenvolvidos estão a Guiné-Bissau, desde 1981, Moçambique, que foi incluído em 1988, e Timor-Leste, que entrou na lista em 2002.
16 Dezembro 2024, 19h19

A ONU anunciou hoje que está a acompanhar a “saída futura” de Angola do grupo de países menos desenvolvidos, juntando-se a Cabo Verde e São Tomé e Príncipe na lista de países de rendimento médio.

No anúncio, dos serviços de imprensa da ONU, salienta-se que “Angola integra os países menos desenvolvidos desde 1994 e recebe assistência para a graduação”.

Os serviços de imprensa da ONU acrescentam que relativamente aos restantes países de língua portuguesa em África que ainda figuram na categoria de países menos desenvolvidos estão a Guiné-Bissau, desde 1981, Moçambique, que foi incluído em 1988, e Timor-Leste, que entrou na lista em 2002.

Cabo Verde graduou-se em 2017, ao fim de 30 anos no bloco dos países menos desenvolvidos.

Portugal é o único país desenvolvido do grupo de países de língua oficial portuguesa.

O Brasil está no grupo dos países de desenvolvimento médio e em 2024 a economia brasileira foi considerada a nona maior do mundo.

Na passada sexta-feira a ONU anunciou que “São Tomé e Príncipe deixou oficialmente de integrar a categoria de Países Menos Desenvolvidos”, referindo que esse marco assinala “uma conquista significativa na jornada de desenvolvimento”.

Segundo uma publicação no portal da ONU na Internet, o anúncio foi feito em Nova Iorque pelo Escritório da alta representante para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento Sem Litoral e Pequenos Estados-ilha em Desenvolvimento.

A “promoção” de São Tomé e Príncipe foi saudada efusivamente pelo primeiro-ministro são-tomense.

Numa declaração divulgada no sábado, Patrice Trovoada disse tratar-se de um “marco importante” e um “momento histórico”.

“É com profundo orgulho e um sentido de responsabilidade que hoje partilhamos um marco importante na trajetória de São Tomé e Príncipe, que é a graduação do nosso país do grupo de países menos avançados para o estatuto de país de renda média. É o reconhecimento do progresso que alcançámos ao longo dos anos, fruto do esforço coletivo de todos os são-tomenses e das parcerias sólidas que cultivamos com a comunidade internacional”, salientou Patrice Trovoada.

A graduação de São Tomé e Príncipe para país de rendimento médio acontece numa altura em que o arquipélago continua sem acordo de crédito alargado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar do acordo técnico anunciado em novembro após dois anos de negociações.

O Comité de Políticas de Desenvolvimento das Nações Unidas é que propõe as economias que transitam e identifica os que devem cumprir os critérios para iniciar o processo de graduação que acontece a cada dois anos.

A categoria de países menos desenvolvidos foi criada pela ONU em 1971 e incentiva a prestação de ajuda a países de baixo rendimento por serem altamente vulneráveis ​​à crise económica e ambiental e terem baixos níveis de desenvolvimento humanos.

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