OpenAI retira Sam Altman do fundo para startups
A OpenAI mudou a estrutura do seu fundo de capital de risco para que o cofundador e CEO, Sam Altman, deixe de ter controlo sobre o fundo de investimento em startups de Inteligência Artificial (IA).
O controlo do OpenAI Startup Fund foi transferido para Ian Hathaway, sócio desde 2021, porque a propriedade de Sam Altman levantou suspeitas devido à sua estrutura considerada incomum, uma vez que funcionava como um braço de capital de risco corporativo (corporate VC), mas tinha outros parceiros externos e Sam Altman tomava decisões de investimento.
A tecnológica que criou o ChatGPT considera que esta mudança na estrutura “dá mais clareza” ao fundo de startups da OpenAI, que está a investir 175 milhões de dólares (cerca de 163 milhões de euros) arrecadados de empresas como a Microsoft.
A alteração foi devidamente comunicada ao regulador norte-americano dos mercados, de acordo com a agência Reuters. A documentação foi enviada à Securities and Exchange Commission (SEC) a 29 de março, mas veio a público esta segunda-feira.
De texto para vídeo
Em fevereiro, a OpenAI revelou a mais recente ferramenta de IA generativa, com uma aplicação que cria vídeos curtos instantaneamente, em resposta a comandos por escrito.
O “Sora”, gerador de texto para vídeo da empresa com sede em São Francisco, não é o primeiro deste género. Google, Meta e a startup Runway ML estão entre as outras empresas que demonstraram tecnologia semelhante, de acordo com a Associated Press.
Mas a alta qualidade dos vídeos exibidos pela OpenAI, alguns destes depois do CEO Sam Altman ter pedido aos utilizadores das redes sociais que enviassem ideias, surpreendeu os observadores e ao mesmo tempo levantou receios sobre as implicações éticas e sociais.
“Uma sessão instrutiva de culinária para gnocchi caseiro, apresentada por uma avó influenciadora de redes sociais, ambientada numa cozinha rústica do interior da Toscana com iluminação cinematográfica”, foi uma das sugestões que surgiu através do X, feita por um fotógrafo ‘freelance’ de New Hampshire.
Sam Altman respondeu pouco tempo depois com um vídeo realista, que retratava o que o pedido descrevia.
