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OPEP tenta salvar acordo alcançado na Argélia

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tenta esta segunda-feira salvar um acordo para limitar a produção de petróleo, numa altura em que aumentam as tensões dentro do grupo.
Esam Omran Al-Fetori/Reuters
28 Novembro 2016, 12h25

Os especialistas da OPEP iniciaram hoje uma reunião em Viena com o objetivo de fornecer recomendações aos seus ministros sobre o modelo que melhor poderá servir à organização para reduzir a produção de petróleo. A reunião formal da OPEP ocorrerá esta quarta-feira, 30 de novembro.

Entretanto, os ministros do petróleo da Argélia e Venezuela vão viajar até Moscovo esta segunda e terça-feira, numa tentativa final para persuadir a Rússia a participar nos cortes em vez de apenas congelar a produção, que tocou novos máximos no último ano, informa a Reuters.

Em Setembro, a OPEP, que representa um terço da produção global de petróleo, acordou reduzir a produção para 32,5-33 milhões de barris por dia contra os atuais 33,64 milhões, com o objetivo de aumentar os preços do petróleo, que caíram para menos de metade desde meados de 2014.

Segundo a agência de notícias, era esperado que a reunião de 30 de Novembro servisse para carimbar este acordo, com a Rússia e alguns dos países não-OPEP como o Azerbaijão e o Cazaquistão também a contribuírem.

Mas surgiram dúvidas nas últimas semanas, já que o segundo e o terceiro maiores produtores da OPEP, o Iraque e o Irão, expressaram reservas quanto à mecânica das reduções de produção e a Arábia Saudita mostrou preocupação quanto à predisposição da Rússia para cortar a produção.

A Reuters afirma que este fim-de-semana, o Ministro da Energia da Arábia Saudita Khalid al-Falih terá dito que os mercados de petróleo reequilibrar-se-ão mesmo sem intervenção. Tal contrasta com afirmações anteriores, em que ele disse que Riyadh estava desejosa de um acordo.

O petróleo Brent segue hoje a cair 0,75% para 47,91 dólares o barril. Já o crude, perde 0,69% para 45,74 dólares o barril.

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