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Os ‘cinco magníficos’ que lideram as economias emergentes

Chile, Egipto, Senegal, Malásia e Vietname afiguram-se como os mercados emergentes melhor posicionados para recuperar o crescimento e oferecer oportunidades de negócio em 2021, segundo alguns analistas.
4 Fevereiro 2021, 18h00

Após a recessão mundial de 2020, “a saída previsível da pandemia em 2021 irá desencadear uma reativação económica global”, de acordo com a análise da Crédito y Caución, especialista em seguros de crédito – que identifica cinco mercados emergentes especialmente preparados para oferecer novas oportunidades de negócio nesse crescimento: Chile, Egipto, Senegal, Malásia e Vietname.

“Todos os cinco cumprem com três critérios: boas projeções para a recuperação do seu PIB, contenção efetiva da pandemia e maior estabilidade institucional das suas políticas e das instituições económicas”, refere a seguradora.

O Chile é o mercado melhor posicionado da sua região para a recuperação após a pandemia. “A sua economia é relativamente diversificada, com uma elevada proporção de teletrabalhadores. A recuperação das vendas no retalho e na indústria manufatureira é uma realidade desde o terceiro trimestre de 2020 e as exportações têm beneficiado da recuperação do preço do cobre. A aplicação da vacina deverá ser uma das mais rápidas da região e, com uma dívida pública relativamente baixa, o Chile continuará a aplicar estímulos fiscais. Os sectores com melhor desempenho são a agricultura e as embalagens, que importam máquinas e tecnologia, e o sector farmacêutico”.

O Egipto, que apresentou um forte crescimento nos últimos anos graças ao programa de estabilização macroeconómica, “ambiciona tornar-se um polo de gás no Mediterrâneo. O colapso do turismo e o declínio dos preços do petróleo em 2020 foram atenuados pelo relaxamento da política monetária”.

A partir de 2022, refere a empresa, é provável que o crescimento retome o ritmo anterior à crise. “Embora o Egipto continue a apresentar vulnerabilidades, como a dependência das remessas e do turismo, os sectores do gás, farmacêutico e de TIC, o país atrai investimento estrangeiro direto. O sector da construção beneficiará de diversos projetos de construção de infraestruturas”.

O Senegal, “que reagiu à pandemia aplicando um estado de emergência de três meses, beneficiará de um clima político estável, instituições democráticas relativamente fortes e elevado crescimento do PIB. O país desenvolveu um plano de estímulo equivalente a 7% do PIB. O crescimento nos próximos anos será impulsionado por projetos na área dos hidrocarbonetos, pela expansão da mineração e pelas obras públicas para melhorar a rede de transporte e fornecimento de eletricidade”.

A Malásia, com taxas de infeção abaixo da média asiática, “possui infraestruturas de qualidade e mão de obra qualificada para a fabricação de produtos eletrónicos, o que pressupõe um sólido crescimento do PIB. O governo anunciou um forte pacote de estímulo fiscal e o país beneficia de fortes laços comerciais com os países vizinhos. Prevê-se que 2021 seja um bom ano para os seus sectores exportadores. O segmento de fabrico de plásticos e borracha triplicou as suas vendas em 2020 devido à procura por produtos sanitários”.

O Vietname conseguiu evitar uma recessão em 2020 e o crescimento do PIB deverá acelerar para 7,7% em 2021. “É uma das economias mais dinâmicas da Ásia, um destino para empresas que querem deslocar a sua manufatura de baixa qualificação da China. Além dos baixos custos salariais, o país beneficia de amplos acordos comerciais e de políticas que favorecem a entrada de investimentos estrangeiros. Os seus sectores de logística e têxtil terão um forte potencial de crescimento em 2021, vinculado à recuperação da procura mundial. O aumento do consumo privado também oferece novas oportunidades. Espera-se que o sector imobiliário turístico, que atraiu fortes investimentos no passado, sofra um retrocesso, mas a construção residencial continuará a ter um bom desempenho”.

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