Mudar de vida. Além de deixar a vida política, Pablo Iglesias mudou a sua imagem e cortou o seu rabo-de-cavalo, visual que fazia parte da sua imagem de marca.
O ex-vice-presidente do Governo espanhol e ex-líder do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos anunciou a sua saída de cena após a sua derrota nas eleições regionais de Madrid onde colheu as preferências de apenas 7,21% dos votos do eleitorado madrileno, superado pelo Vox de extrema-direita(7%), socialistas do PSOE (16%), coligação de esquerda Más Madrid (16%), e pelos conservadores do PP (44%).
O antigo político pretende no médio prazo regressar à sua atividade de professor. A mudança de visual, que mantinha desde a sua adolescência, foi revelada pelo jornal catalão “La Vanguardia”.
O rabo de cavalo de Pablo Iglesias até gerou uma polémica nas redes sociais em Espanha envolvendo o ex-futebolista português Luís Figo, que reside no país vizinho.
Em agosto de 2020, o antigo jogador reagiu nas redes sociais à notícia de que o rei emérito espanhol, Juan Carlos, teria se refugiado em Portugal (rumou aos Emirados Árabes Unidos) após a sua saída secreta de Espanha devido às polémicas com as investigações judiciais: “Bem vindo sua majestade. Aqui não há rabos de cavalo!”, escreveu Luís Figo referindo-se a Pablo Iglesias, gerando muitas críticas, mas também elogios.
Como resposta, muitos internautas publicaram fotografias da infame cabeça de leitão que os adeptos do FC Barcelona atiraram para o relvado do Nou Camp quando o jogador português regressou à cidade condal depois da sua polémica saída para o Real Madrid, entre gritos de “pesetero”, ou mercenário. Este episódio teve lugar a 23 de novembro de 2002, dois anos depois de “los blancos” terem contratado o então melhor jogador português por 10 mil milhões de pesetas.
Pablo Iglesias chegou à liderança do Podemos em 2014 tendo sido eurodeputado entre 2014 e 2015. Foi depois eleito como deputado no Parlamento espanhol a partir de 2016, mas desde o início de 2020 que integrava o Governo do socialista Pedro Sanchez, na qualidade de vice-primeiro-ministro e de ministro dos Direitos Sociais.
Conforme revela o jornal sediado em Barcelona, no final do ano passado Pablo Iglesias revelou no seu círculo mais próximo que queria cortar o rabo de cavalo, por uma questão de comodidade. Mas os seus colaboradores mais próximos conseguiram-no demover. Para eles, o rabo-de-cavalo marcava um novo ciclo na política espanhola, com a chegada do partido de extrema-esquerda ao Parlamento, e ao Governo. Pablo Iglesias cedeu, mas passou a optar por apanhar ainda mais o cabelo-
O “La Vanguardia” escreve que este é um “gesto simbólico que sinaliza a sua decisão de dar por finalizada a sua etapa na vida pública e na primeira linha da política espanhola”.
Na imagem, Iglesias surge a ler o livro “Me cago en Godard!”, de Pedro Vallín: “Estou-me a lixar para o [Jean-Luc] Godard [realizador francês]: Porque deverias adorar o cinema americano (e desconfiar do cinema de autor) se és culto e moderno”.
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