A AllianzGI, uma das principais gestoras ativas de investimento a nível mundial, questiona a compensação de Carlos Tavares enquanto ex-CEO da Stellantis e anuncia que vai votar contra o relatório de remuneração assim como a reeleição de dois administradores não executivos na Assembleia Geral da Stellantis que irá decorrer a 15 de abril.
“O pacote salarial de 23,1 milhões de euros para o antigo CEO, proposto no relatório sobre as remunerações, parece desproporcionado, sobretudo tendo em conta os resultados operacionais inferiores ao esperado e as circunstâncias que rodearam a demissão forçada do CEO”, começa por referir a AllianzGI.
Destaca esta gestora que “o impacto do profit warning na remuneração variável apenas se reflete no prémio (com pagamento zero), mas não nas restantes componentes da remuneração variável, que continuam a outorgar um pagamento de 20,5 milhões de euros”.
Considera a AllianzGI que os “correspondentes pagamentos não merecem aprovação” e que “a atuação e a supervisão do Comité de Remuneração continuam a ser motivo de preocupação”. Além disso, nota esta gestora que “dado que o presidente não será recandidato, a AllianzGI vai votar contra a reeleição de dois administradores não executivos, ambos membros do Comité de Remuneração”.
Recorda a AllianzGI que o relatório sobre a remuneração do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, “gerou uma notável oposição desde a fusão da Fiat Chrysler e da PSA, com 44% de votos contra em 2021, 52% em 2022, 48% em 2023 e 30% em 2024. A AllianzGI tem votado consistentemente contra, argumentando que as garantias de alinhamento entre a remuneração dos executivos e os resultados a longo prazo da empresa são insuficientes. Apesar dos esforços de diálogo, as respostas da Stellantis não conseguiram dissipar as preocupações sobre a sua política de incentivos”.
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