O Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau (PAIGC), maior partido da Guiné-Bissau, e o Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), rejeitam qualquer diálogo com Umaro Sissoco Embaló fora do quadro de mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), como deixa claro a resposta devolvida a uma “convite” feito na segunda-feira pela Presidência da República.
Em causa está uma audiência marcada para o final da manhã desta sexta-feira e para a qual foram convocados vários partidos.
A reunião realiza-se menos de uma semana depois da partida da missão da CEDEAO do país, que denunciou ter recebido ameaças de expulsão por parte de Sissoco Embaló – confirmadas pelo próprio. No dia da chegada da organização à capital guineense, o Presidente da República marcou unilateralmente eleições gerais para 30 de novembro.
O tema da audiência não consta das convocatórias enviadas, separadamente, a Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e coordenador da coligação PAI-Terra Ranka, e a Nuno Gomes Nabiam, presidente da coligação Aliança Patriótica Inclusiva (API) e antigo primeiro-ministro. Consta, somente, a hora do encontro – 11h00 – e uma regra: deve “fazer-se acompanhar de um membro do partido”. Note-se que a carta foi enviada aos presidentes dos dois partidos e não às coligações lideradas por ambos.
A recusa de diálogo com o Presidente da República da Guiné-Bissau, que, para a oposição, terminou o seu mandato no dia 30 de fevereiro, materializa a deliberação conjunta de Domingos Simões Pereira e de Nuno Gomes Nabiam apresentada numa carta enviada a Omar Alie Touray, presidente da Comissão da CEDEAO, na segunda-feira.
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