[weglot_switcher]

PAN e Verdes urgem Governo a preparar medidas de apoio socioeconómico

Face ao agravamento das desigualdades sociais e as dificuldades que as pequenas e médias empresas enfrentam atualmente, as deputadas do PAN e d’Os Verdes defendem um reforço nas medidas de apoio socioecónomicas.
12 Janeiro 2021, 16h22

A representante do Partido dos Animais e Natureza (PAN) considerou que o país atravessa atualmente “uma situação [epidemiológica] que nos pode atingir de uma forma muito expressiva”.

Inês Sousa Real, que falava aos jornalistas esta terça-feira, após a reunião do Infarmed com os especialistas e membros do Governo, alertou que o confinamento que se avizinha “não deve ser isolado de outras medidas, nomeadamente, medidas sociais e económicas”, referindo que as desigualdades sociais têm vindo a agravar-se e as PME estão a ser fortemente afetadas.

“Houve um trabalho de casa que não foi feito”, começou por criticar. “De junho até setembro, o Governo deveria ter apostado na formação dos diferentes profissionais de saúde para poder ajudar na sobrecarga que é iminente”, referiu, acrescentando ser “fundamental” que “haja um planeamento mais adequado e que seja do ponto de vista dos diferentes instrumentos sociais que agora vão ser lançados”.

“[É importante] que o país não cometa os mesmos erros que fomos cometendo porque sai-nos mais caro um confinamento geral” do que medidas em que se aumente a capacidade de testagem e rastreamento, exemplificou aos jornalistas.

Embora ainda não exista um decreto sobre o próximo estado de emergência, a deputada do PAN afirmou que o partido não “deixará de acompanhar a renovação do estado de emergência”, mas frisou que o Governo deve preparar “respostas mais cabais à crise socioeconómicas para garantir que ninguém fica para trás”.

Por sua vez, Mariana Silva, d’Os Verdes, afirma que perante a situação epidemiológica do país, são “necessárias as medidas de restrição” que serão anunciadas na quarta-feira.

Da reunião com os especialistas, a deputada dos Verdes diz que foi possível concluir que são igualmente necessárias outro pacote de medidas socioeconómico, nomeadamente, o reforço do Serviço Nacional de Saúde e apoio aos lares, tal como está previsto no Orçamento do Estado de 2021.

A deputada fala também sobre as sequelas “de nove meses” com que ficam as pessoas que estiveram contaminadas, insistindo na necessidade de reforçar os cuidados primários, nomeadamente, nos centros de saúde onde os profissionais sejam libertados de burocracias.

Sobre as escolas, Mariana Silva salienta que as escolas “não são foco de transmissão”, mas lembra a necessidade de “diminuir as turmas” em resultado das movimentações feitas fora da sala de aula. “Esperamos que o Governo reforce o apoio da economia familiar dos portugueses”, frisou.

Quanto ao estado de emergência, os Verdes não veem motivos para alterar o sentido de voto, que foi contra.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.