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PAN quer proibir exploração de petróleo e encerrar centrais de carvão até 2023

A força política dirigida por André Silva considera que é urgente descarbonizar a economia e acabar com a dependência dos combustíveis fósseis e apostar em energias renováveis.
“Comer é um ato político.”
30 Agosto 2019, 13h49

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) propõe, no programa eleitoral apresentado esta sexta-feira, a proibição da exploração de petróleo e o encerramento das centrais de carvão até 2023. A força política dirigida por André Silva considera que é urgente descarbonizar a economia e acabar com a dependência dos combustíveis fósseis e apostar em energias renováveis.

“A dependência dos combustíveis fósseis, para além de outras questões sociais e económicas associadas à sua exploração, apresenta dois problemas, um deles é a circunstância de que o petróleo, o gás natural e o carvão são fontes não renováveis de energia; o outro problema está inevitavelmente associado aos fortes impactos ambientais, com enorme contributo para as alterações climáticas”, lê-se no programa eleitoral apresentado esta sexta-feira pelo PAN, no Porto.

Entre as medidas propostas pelo PAN está o impedimento da exploração de hidrocarbonetos em território nacional, bem como o cancelamento das propostas de expansão de gasodutos e reduzir o número de carregamentos de gás natural liquidificado no Porto de Sines. O partido quer ainda garantir que, pelo menos 1,5% do biocombustível incorporado nos combustíveis fósseis, seja proveniente de outros resíduos, nomeadamente “óleos alimentares usados”.

Na mesma linha, o PAN é a favor do encerramento das centrais de carvão. Até 2021, o partido de André Silva defende o encerramento de metade dos grupos da central termoeléctrica de Sines (600 Mw) e da central do Pego. Já os restantes grupos de Sines, devem, segundo o partido, ser encerrados em 2023, com a condição de se assegurarem “planos de garantia salarial para os trabalhadores”.

O PAN defende que é urgente “apostar na incorporação de fontes de energia renováveis e endógenas nos consumos finais de energia”, promovendo a descarbonização da produção de electricidade a partir do carvão e acabando com a dependência dos combustíveis fósseis. Defendem ainda uma descentralização e democratização da produção de energia e a promoção da transição energética na indústria.

Os transportes são, segundo o partido, o setor onde a descarbonização é prioritária. O PAN defende a necessidade de se reduzir as necessidades de deslocação e implementar alternativas de transporte público viáveis, que respondam às necessidades dos utentes.

“A transição neste sector passa pela forte redução da utilização do transporte individual e consequente promoção da utilização do transporte público, pela articulação dos vários tipos de transportes públicos, pela descarbonização das frotas, pela aposta na ferrovia, pelo investimento em combustíveis mais limpos e de base renovável”, explica o partido.

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