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Pandemia em “elevada intensidade” em Portugal. Mortalidade pode aumentar nas próximas semanas

As regiões Norte, Centro e Alentejo continuam a apresentar um risco de transmissão superior a 1, revelando uma tendência crescente que, combinada com o aumento entre a população acima dos 65 anos, pode resultar numa subida da mortalidade nas próximas semanas.
27 Agosto 2021, 17h24

Apesar da tendência estável da pandemia em Portugal, esta apresenta uma elevada intensidade e uma mortalidade acima dos níveis de referência, segundo o relatório semanal de monitorização das linhas vermelhas da Covid-19. As autoridades de saúde alertam para a tendência crescente na zona Centro e entre as faixas etárias dos 10 aos 29 anos e acima dos 65 anos, sendo que este segundo grupo poderá contribuir para um aumento da pressão nos serviços de saúde nas próximas semanas.

A incidência da Covid-19 situa-se agora nos 315 casos confirmados por cada 100 mil habitantes, isto numa média móvel de 14 dias, enquanto o risco de transmissão, ou R(t), se fica pelos 0,99, perto do limite traçado pelo Governo de 1. O risco de transmissão é, contudo, superior a 1 nas regiões Centro, Norte e Alentejo.

Entre a população acima dos 65 anos, a incidência da doença encontra-se nos 124 casos por cada 100 mil habitantes, um cenário coincidente com um risco elevado, segundo as linhas definidas para a gestão da pandemia, segundo o relatório de monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19 da DGS e do Instituto Dr. Ricardo Jorge, divulgado esta sexta-feira.

No que toca à testagem, esta revelou uma positividade de 4,4%, o que fica acima da linha vermelha de 4,0%. Ainda assim, tanto no que toca ao isolamento e rastreamento de contactos, como na proporção de casos notificados com atraso, os indicadores desta semana mostram uma situação dentro dos limites definidos pelo Executivo.

A mortalidade mantém-se a níveis acima dos desejados, apesar de ter decrescido significativamente em relação ao último relatório deste tipo. Este indicador situa-se agora nos 15,4, tendo diminuído em relação aos 18,1 verificados há uma semana, mas mantendo-se acima do limite de 10.

Já os internamentos em unidades de cuidados intensivos mantêm-se em níveis aceitáveis, com o valor crítico de 255 camas ocupadas a encontrar-se de momento a 55%, uma redução em relação aos 59% verificados na semana anterior.

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