“Não tenham medo”. Esta foi uma das frases marcantes do Papa Francisco na homilia de despedida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu este domingo, no Parque Tejo, e que o líder do Vaticano não se cansou de repetir.
Por volta das 9:20 da manhã, Jorge Mario Bergoglio apresentou-se novamente à multidão reunida em frente ao altar-palco, particularmente aos jovens, a quem pediu que fossem “luminosos”, dado que o mundo precisa de “luz para enfrentar tantos horrores”.
“Nós precisamos de alguns lampejos de luz para enfrentar a escuridão da noite, os desafios da vida, os medos que nos inquietam, a escuridão que muitas vezes vemos ao nosso redor”, disse o chefe da Igreja Católica.
O Parque Tejo despertou antes do nascer do sol, quando os primeiros convidados começaram a chegar, juntando-se aos milhares de peregrinos que ali haviam pernoitado. A alvorada ficou ao cargo do padre Guilherme Peixoto, também dj, que já às 7h00 animava o recinto, à imagem de um festival de verão.
Na última cerimónia da JMJ, celebrada em espanhol, estiveram presentes cerca de milhão e meio de participantes, de acordo com números da sala de imprensa da Santa Sé, entre 30 cardeais, 700 bispos e 10 mil sacerdotes. Só de Espanha, a JMJ recebeu em torno de 100 mil peregrinos, segundo a Conferência Episcopal Espanhola.
Márcio Souza, um padre de Minas Gerais, no Brasil, destaca, em declarações ao Jornal Económico, “a alegria de encontrar os jovens e de viver esta fraternidade, tendo em vista o cuidado com a casa comum, a fraternidade entre nós enquanto pessoas e, também, a misericórdia”.
“O Papa de Francisco tem, de facto, uma característica de proximidade, de simplicidade, de abertura ao outro, e isso destaca-se no tempo em que vivemos”, considerou ainda o mesmo pároco.
Por sua vez, Ephrem Kisenga, um padre natural da República Democrática do Congo, mas residente em Taiwan, destacou ao JE a “simplicidade” do Papa Francisco que não se limita a “falar, mas também a fazer”, com um discurso contra a pobreza. Kisenga olha para Francisco como um Papa diferente porque tem um pontificado mais direcionado para os pobres.
Durante a homilia, Francisco lembrou a guerra na Ucrânia: “Acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras. E são tantos por esse mundo fora. Pensando neste continente, sinto grande dor pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito”.
Seul, a capital da Coreia do Sul, será o próximo país a acolher aquele que é o maior evento da Igreja Católica.
A JMJ teve início na terça-feira, dia 1 de agosto, e termina este domingo.
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