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Papa Francisco pede aos jovens peregrinos que “não tenham medo”

Pouco depois das 9h00 deste domingo, Jorge Mario Bergoglio dirigiu-se ao mais de um milhão e meio de pessoas reunidas no Parque Tejo, particularmente aos jovens, a quem pediu que fossem “luminosos”, dado que o mundo precisa de “luz para enfrentar tantos horrores”. 
6 Agosto 2023, 13h09

“Não tenham medo”. Esta foi uma das frases marcantes do Papa Francisco na homilia de despedida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu este domingo, no Parque Tejo, e que o líder do Vaticano não se cansou de repetir.

Por volta das 9:20 da manhã, Jorge Mario Bergoglio apresentou-se novamente à multidão reunida em frente ao altar-palco, particularmente aos jovens, a quem pediu que fossem “luminosos”, dado que o mundo precisa de “luz para enfrentar tantos horrores”.

“Nós precisamos de alguns lampejos de luz para enfrentar a escuridão da noite, os desafios da vida, os medos que nos inquietam, a escuridão que muitas vezes vemos ao nosso redor”, disse o chefe da Igreja Católica.

O Parque Tejo despertou antes do nascer do sol, quando os primeiros convidados começaram a chegar, juntando-se aos milhares de peregrinos que ali haviam pernoitado. A alvorada ficou ao cargo do padre Guilherme Peixoto, também dj, que já às 7h00 animava o recinto, à imagem de um festival de verão.

Na última cerimónia da JMJ, celebrada em espanhol, estiveram presentes cerca de milhão e meio de participantes, de acordo com números da sala de imprensa da Santa Sé, entre 30 cardeais, 700 bispos e 10 mil sacerdotes. Só de Espanha, a JMJ recebeu em torno de 100 mil peregrinos, segundo a Conferência Episcopal Espanhola.

Márcio Souza, um padre de Minas Gerais, no Brasil, destaca, em declarações ao Jornal Económico, “a alegria de encontrar os jovens e de viver esta fraternidade, tendo em vista o cuidado com a casa comum, a fraternidade entre nós enquanto pessoas e, também, a misericórdia”.

“O Papa de Francisco tem, de facto, uma característica de proximidade, de simplicidade, de abertura ao outro, e isso destaca-se no tempo em que vivemos”, considerou ainda o mesmo pároco.

Por sua vez, Ephrem Kisenga, um padre natural da República Democrática do Congo, mas residente em Taiwan, destacou ao JE a “simplicidade” do Papa Francisco que não se limita a “falar, mas também a fazer”, com um discurso contra a pobreza. Kisenga olha para Francisco como um Papa diferente porque tem um pontificado mais direcionado para os pobres.

Durante a homilia, Francisco lembrou a guerra na Ucrânia: “Acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras. E são tantos por esse mundo fora. Pensando neste continente, sinto grande dor pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito”.

Seul, a capital da Coreia do Sul, será o próximo país a acolher aquele que é o maior evento da Igreja Católica.

A JMJ teve início na terça-feira, dia 1 de agosto, e termina este domingo.

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