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Parceria entre Nissan e Honda avança em junho de 2025

As duas marcas nipónicas – Nissan e Honda – assinaram um contrato em março e desde então que têm vindo a aprofundar conversas. Terceiro maior fabricante automóvel chega até 2026.
Nissan Honda
Makoto Uchida, president and CEO of Nissan Motor, and Toshihiro Mibe, Honda Motor president and CEO, attend their joint press conference in Tokyo, Japan March 15, 2024. Kyodo via REUTERS/File Photo
23 Dezembro 2024, 08h09

As fabricantes nipónicas Nissan e Honda apertaram mãos à moda antiga e anunciaram o avanço da parceria que vai permitir criar o terceiro maior fabricante automóvel a nível mundial. Entre os rumores e a confirmação foi preciso esperar apenas uma semana.

Contudo, as duas fabricantes automóveis indicam que a joint-venture vai avançará apenas a meio do próximo ano, sendo finalizada em 2026.

Em comunicado, a Nissan e a Honda lembram que assinaram um memorando de entendimento em março, que visa “uma parceria estratégica para a era do veículo inteligente e eletrificação”. Foi este passo inicial, explicam, que deu asas para a criação de uma colaboração mais extensa e em várias áreas.

“A 1 de agosto, ambas as companhias assinaram outro memorando para aprofundar o quadro da parceria. Foi então anunciado que concordaram em realizar investigação conjunta em tecnologias fundamentais na área de plataformas para veículos definidos por software de próxima geração, o que veio a permitir avançar para discussões focadas numa colaboração mais estreita”, lê-se no comunicado.

Com a consciência que a indústria automóvel se tem vindo a modificar e que a “inovação tecnológica acelerou”, esta joint-venture “tem como objetivo servir como uma opção para manter a competitividade global para as duas empresas continuarem a fornecer produtos e serviços mais atraentes para clientes”.

As duas fabricantes japonesas mostram-se expectantes perante a possibilidade de integrarem negócios que, nas suas visões, lhes vai acrescentar valor.

“Hoje é um momento crucial, pois iniciamos discussões sobre a integração de negócios que tem o potencial de moldar o nosso futuro. A concretizar-se, acredito que unindo os pontos fortes de ambas as empresas, podemos entregar valor inigualável aos clientes em todo o mundo que apreciam as nossas marcas. Juntos, podemos criar uma maneira única para aproveitarem automóveis que nenhuma das empresas conseguiria sozinha”, apontou o CEO da Nissan, Makoto Uchida, citado no mesmo comunicado.

Já o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, explicou que “a criação de um novo valor da mobilidade reunindo os recursos, incluindo conhecimento, talentos e tecnologias que a Honda e a Nissan vêm desenvolvendo ao longo dos anos é essencial para superar as desafiadoras mudanças ambientais que a indústria automobilística tem vindo a enfrentar. A Honda e a Nissan são duas empresas com pontos fortes distintos. Ainda estamos a iniciar a revisão e ainda não decidimos sobre uma integração de negócios, mas para encontrar uma direção para a possibilidade de integrar negócios até ao final de janeiro de 2025, vamos esforçar-nos para ser a única empresa líder que cria um novo valor de mobilidade por meio de reação química que só pode ser conduzida por meio da síntese das duas equipas”.

O que vai acontecer?

Segundo adiantam a Nissan e a Honda, há planos para a nova holding ser cotada no Prime Market da bolsa de Tóquio, com as ações a iniciarem as negociações em agosto de 2026.

“Com a listagem da holding conjunta, tanto a Nissan quanto a Honda se tornarão subsidiárias integrais da holding conjunta e serão programadas para serem retiradas da bolsa de Tóquio”, indicam. Ainda assim, vão ter a possibilidade de negociar ações da holding conjunta durante a transferência dos títulos.

No comunicado conjunto, é possível verificar que as duas empresas querem a execução do acordo definitivo sobre a integração das empresas até junho de 2025, onde já deverá constar o plano de transferência das ações.

A Assembleia-geral das companhias só deverá acontecer em abril de 2026, com a saída das negociações em “final de junho e início de agosto de 2026”.

A Nissan e a Honda avançam que caberá à Honda a nomeação da maioria dos diretores internos e externos da holding, sendo que o “presidente e diretor serão selecionados entre os nomeados pela Honda”.

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