Os deputados reprovaram na especialidade as proposta do PSD, do BE e do PCP que previam a atualização intercalar dos salários dos trabalhadores da Administração Pública para fazer face à evolução dos preços e evitar a perda de poder de compra.
Os funcionários públicos receberam no início do ano atualizações salariais de 0,9%, em linha com a inflação anual registada até novembro de 2021 descontada da deflação verificada em 2020.
Ora, com a escalada recente dos preços – em abril, por exemplo, a inflação fixou-se em 7,2%, o valor mais alto dos últimos 29 anos –, os sindicatos têm reivindicado aumentos intercalares, para evitar a perda de poder de compra, mas o Governo tem rejeitado proceder nesse sentido, considerando que tal poderia alimentar o surto inflacionista.
Em oposição, o PSD avançou, no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado, com uma proposta de alteração que previa atualizações de 4% das remunerações da Função Pública, mas a medida acabou por ser chumbada pelos deputados esta segunda-feira, com os votos contra do PS e do Iniciativa Liberal. O PCP absteve-se enquanto o BE, o PAN, o PSD e o Chega votam a favor.
Também foram reprovadas esta tarde propostas do PCP e do BE que iam no sentido de dar aumentos intercalares ao funcionários públicos.
A votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2022 está marcada para esta sexta-feira, dia 27 de maio. A aprovação desse documento já está garantida, uma vez que o PS tem hoje a maioria absoluta no Parlamento.
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